Com veículo responsável pelo transporte do órgão preso no trânsito, médico pediu ajuda aos policiais militares para realizar o procedimento.
Setenta minutos. Foi esse o tempo entre a retirada do coração de um doador, o transporte e a entrada do órgão no centro cirúrgico para o transplante em Maria Helena, de 56 anos, na noite de terça-feira (30), em Campinas (SP).
O sucesso da cirurgia, no entanto, não teria ocorrido sem a ajuda de dois policiais militares. Com o veículo responsável pelo transporte preso no trânsito, foi a bordo da viatura da corporação que o médico levou o órgão do Celso Pierro ao HC da Unicamp. E o trajeto de 22km entre um hospital e outro foi feito, em horário de pico e com chuva, em apenas 13 minutos.
“Nós estamos pelo hospital da PUC, apoiando uma outra viatura em uma ocorrência, quando o médico veio até a viatura com sinais de desespero, pedindo um apoio. Ele queria levar um coração até o Hospital da Unicamp”, comentou o soldado Lucinei Araújo.
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Policiais militares fizeram o trajeto de 22km entre um hospital e outro em Campinas (SP) em 13 minutos (Foto: Reprodução/EPTV)
De acordo com o médico que conseguiu a ajuda da PM, a velocidade foi fundamental para o sucesso da cirurgia.
“O tempo de isquemia, que esse órgão fica parado, sem funcionar, ele não deve ultrapassar quatro horas. Então é uma corrida contra o relógio. Quanto antes a gente botar ele para funcionar, reimplantá-lo, melhor é a eficiência dele, menor o dano que vai sofrer e melhor vai ser a recuperação do paciente que vai receber esse órgão”, explicou o cardiologista Carlos Lavagnoli.
Nesta quarta-feira (31), em recuperação na UTI do HC da Unicamp, Maria Helena conheceu seus heróis. Ela esperava há sete meses por um coração e agradeceu a ajuda. Lúcida após poucas horas do procedimento, festejou a “vida nova”.
“Agora dia 30, todo dia 30, é o aniversário do meu coração”, completou a paciente.
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