Desempregado, homem arrecada alimentos em carriola e distribui para famílias necessitadas

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Comovido com a situação de várias pessoas que estão passando por dificuldades durante a pandemia de coronavírus em Jundiaí (SP), Leonildo da Silva resolveu ajudar como pôde.

Por Isabela Fernandes*, G1 Sorocaba e Jundiaí

“É muito bom ajudar as pessoas”. É com esta frase que o desempregado Leonildo José da Silva, de 48 anos, descreve os trabalhos sociais que desenvolve há nove anos em Jundiaí (SP).

Durante a pandemia de coronavírus, ele tem contado com a ajuda de uma carriola para sair às ruas pedindo doações de alimentos para moradores que estão enfrentando dificuldades. As arrecadações se transformam em cestas básicas, que, segundo ele, já alimentaram em torno de 25 famílias da cidade.

Leonildo conta que as ações começaram a partir de um pedido de ajuda. “Como já faço trabalhos sociais, as pessoas sabem que eu ajudo. Então, uma família me procurou desesperada. Foi quando eu peguei a carriola e saí de porta em porta. Pude ver o desespero no olhar daquela família”, relata.

Desempregado, ele explica que faz o que pode para auxiliar, rodando diariamente pelas ruas da cidade com a carriola. “Todo dia eu saio com a carriola e volto com ela bem cheia, até de sábado e domingo. Quem pede eu ajudo. E quem pede é porque precisa mesmo”, diz.

Leonildo criou um grupo no WhatsApp com os moradores do bairro Hortolândia, onde mora, para manter todas as pessoas que fazem doações cientes de que os alimentos estão sendo realmente entregues às famílias carentes. O muro da casa dele também foi pintado para atrair arrecadações.

“Quem quiser ajudar entra no grupo e eu vou informando quantas cestas já saíram. Tiro uma foto da pessoa que está retirando a cesta, da cabeça para baixo para não expor ninguém, só para mostrar que estamos realmente doando.”

Quanto aos cuidados necessários para evitar a contaminação do coronavírus, Leonildo diz que só sai de casa utilizando máscaras. “Estou tomando todos os cuidados, sempre usando máscara e ando com álcool em gel no bolso. Higienizo tudo quando chego em casa”, comenta.

Para ele, o que fica é o sentimento de gratidão ao poder ajudar quem precisa. “Tenho 10 cestas ainda para entregar. Olha, é um trabalho sério e que eu gosto muito de fazer. É muito bom ajudar as pessoas.”

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