Diferença salarial entre homens e mulheres aumenta após 23 anos

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Segundo relatório da Oxfam Brasil, a diferença salarial entre brancos e negros também aumentou.

A diferença salarial entre homens e mulheres aumentou no Brasil após 23 anos, segundo o relatório ‘País estagnado: um retrato das desigualdades brasileiras – 2018, divulgado pela Oxfam Brasil. O estudo utilizou como base os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua de 2016 e 2017, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento mostra que em 2016 as mulheres ganhavam em média cerca de 72% do que ganhavam homens no Brasil. Em 2017, a proporção caiu para 70%, o que representa o primeiro recuo em 23 anos.

Em 2017, a renda média de mulheres no Brasil era de R$ 1.798,72, enquanto a de homens era de R$ 2.578,15. Os dois gêneros tiveram aumento médio geral de renda em relação a 2016, mas enquanto o incremento entre os homens foi de 5,2%, entre as mulheres foi de 2,2%.

A disparidade de renda entre grupos raciais também aumentou nos últimos dois anos. Em 2016, os negros ganhavam R$ 1.458,16 em média, o que correspondia a 57% dos rendimentos médios de brancos, que naquele ano foram de R$ 2.567,81. Em 2017, os rendimentos médios de negros foram de R$ 1.545,30 frente a R$ 2.924,31 entre os brancos, diminuindo o percentual para 53%.

O relatório da Oxfam revela que, entre a metade mais pobre da população, os negros ficaram ainda mais pobres, com redução de renda média de 2,5%; enquanto os brancos tiveram aumento na renda média de 3%.

Em 2016, a média geral da renda da metade mais pobre da população foi de R$ 749,31. Entre os brancos pobres, a média era R$ 882,23, enquanto entre os negros pobres era R$ 634,66. Em 2017, a renda média geral dos mais pobres foi de R$ 804,35, e enquanto a renda média dos brancos mais pobres subiu para R$ 965,19, a dos negros foi para R$ 658,14.


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