DIG descarta homofobia em morte de cabeleireiro e indicia dois por homicídio qualificado

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Vítima teria tentado acalmar dois conhecidos que brigavam pela posse de drogas e foi morto por ambos

A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Campinas (SP) descartou que a morte do cabeleireiro Expedito José da Silva Netto, 25 anos, conhecido como Spencer Netto, tenha ocorrido por homofobia. Concluído o inquérito, dois rapazes, de 22 e 29 anos, foram indiciados por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima. A Polícia Civil encaminhou o pedido de prisão preventiva dos dois.

O corpo de Spencer foi encontrado no dia 24 de setembro, no bairro Boa Vista, com sinais de golpes de faca, o rosto desfigurado e um corte no pescoço. De acordo com o delegado da DIG, Roney de Carvalho Barbosa Lima, os autores do crime eram conhecidos da vítima.

Durante as investigações uma testemunha protegida do caso apontou a motivação do crime: uma briga entre os dois rapazes pela posse de droga que tinham adquirido. Segundo relato, Spencer tentou acalmá-los, mas acabou irritando os dois.

A Polícia Civil não divulgou o nome dos envolvidos. O mais velho, de iniciais G. M. A., teria golpeado o cabeleireiro nas costas. Segundo apurações da polícia com a testemunha, R. V. O. desferiu o golpe no pescoço. Em seguida, o corpo de Netto foi retirado do carro e abandonado no terreno baldio.

De acordo com a Polícia Civil, os dois confirmaram os fatos, porém atribuíram um ao outro a autoria do assassinato. Os delegados da DIG concluíram que, “embora a vítima tivesse o costume de vestir-se com roupas femininas, não apurou-se nenhum preconceito ou homofobia como motivação do crime.”

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