Diretora de hospital diz que obstetriz morta com 16 facadas era acolhedora: ‘Uma pessoa que fazia o bem’

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Nelly Cristina Venite de Souza Maria, de 27 anos, foi encontrada morta em Conchal (SP) na madrugada deste sábado (19).

A obstetriz assassinada com 16 facas em Conchal (SP) na madrugada deste sábado (19) era simples, acolhedora e comprometida com o trabalho, contou a diretora do Hospital e Maternidade Madre Vaninni. “É uma dor profunda porque é uma pessoa que fazia o bem”, disse Suelene Santos.

O corpo de Nelly Cristina Venite de Souza Maria, de 27 anos, foi encontrado pela Guarda Civil Municipal (GCM) com ferimentos na cabeça, braços e tórax, além de sinais de estrangulamento.

Segundo a GCM, o suspeito de cometer o crime fugiu. Um vizinho relatou ao guardas municipais ter visto o suposto companheiro da vítima deixar o local. A Polícia Civil informou que um suspeito foi detido, mas não deu detalhes.

Kitnet onde a vítima morava em Conchal (Foto: Gean Mendes/F5 Conchal)

Kitnet onde a vítima morava em Conchal (Foto: Gean Mendes/F5 Conchal)

O crime

De acordo com a GCM, o vizinho contou ter ouvido a vítima pedir socorro por volta das 3h e acionou as autoridades. Quando os gritos cessaram, ele viu o suposto companheiro da vítima sair da kitnet onde a moça morava e fugir no carro dela. O veículo era dirigido por outra pessoa.

A GCM informou que o rapaz que a testemunha disse ter visto sair da kitnet mora em frente à vítima. Os agentes entraram na casa dele e encontraram 64 pinos de cocaína. Uma faca com marcas de sangue também foi apreendida.

Sulene Santos, diretora do Hospital e Maternidade Madre Vaninni (Foto: Gean Mendes/F5 Conchal)

Sulene Santos, diretora do Hospital e Maternidade Madre Vaninni (Foto: Gean Mendes/F5 Conchal)

Acolhedora e sincera

Nelly era formada em obstetrícia pela Universidade de São Paulo (USP) e trabalhava como obstetriz há três meses no hospital de Conchal. Segundo a diretora da unidade, ela atuava diretamente com as parturientes (que está em trabalho de parto) até o nascimento, e fazia também o acolhimento das gestantes acompanhando o pré-natal.

“Uma pessoa que passava dias e dias ao lado do leito de um doente, acompanhando. Tinha uma enorme empatia para com o sofrimento do outro”, disse a diretora do hospital.

Simone de Assis Oliveira trabalhava diariamente com Nelly e lamentou a morte da companheira. “Estamos unindo a família para poder confortá-la. É uma situação complicada perder um membro de forma tão bruta e cruel”, disse.

Velório

A Polícia Civil de Araras registrou o caso como homicídio, roubo de veículo e tráfico de drogas.

O corpo da vítima foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Limeira (SP). O horário do velório e enterro ainda não foi divulgado.


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