Entenda como foi feito o processamento de hemácias, plasma, crioprecipitado e plaquetas.
A doação de uma bolsa de sangue pode beneficiar até três pessoas, isso porque o sangue é dividido em vários ‘produtos’, ou seja os hemocomponentes. No banco de sangue da Santa Casa de São Carlos (SP), o sangue é dividido em hemácias, plasma, crioprecipitado e plaqueta, os mais comuns.
Divisão do sangue
Cada um dos hemocomponentes é usado para um tipo de transfusão, dependendo da condição médica de cada paciente. As hemácias, por exemplo, são usadas em cirurgias, o crio tem fator de coagulação e é usado em casos que a pessoa é hemofílica, por exemplo.
Há ainda outros componentes que podem ser extraídos, mas dependem do atendimento prestado pelo hospital. Há aqueles usados em casos de tratamento de câncer ou em casos de transplante, por exemplo.
Dê uma doação é possível produzir três componentes já que a bolsa produz hemácias e plaquetas, mas é possível produzir ou plasma ou crio já que eles vêm do mesmo fluído.
O que será produzido é uma decisão diária, de acordo com a demanda do hospital. “Todos os dias a gente pega o plantão da agência transfusional e verifica quem está utilizando e o perfil deles. Eu já sei se eu vou precisar mais de plaquetas ou de plasma, e me organismo para produzir”, explica a farmacêutica Aline Cristina Fernandes de Amorim, responsável pelo processamento das bolsas no banco de sangue da Santa Casa de São Carlos.
No banco de sangue de São Carlos, as bolsas de sangue são processadas e estocadas em freezers que podem chegar a temperaturas de -80ºC.
A retirada dos hemocomponentes é feita por um processo de centrifugação e separação. Primeiro o plasma é separado das hemácias. Em seguida, ele é novamente centrifugado para a separação das plaquetas. Elas são visíveis ao olho nu e podem ser identificadas nadando no plasma em forma de pequenas manchas.
Tem uma sugestão de reportagem? Nos envie através do WhatsApp (19) 99861-7717.