Doria adia retomada de aulas presenciais para 7 de outubro em SP

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Mudanças nas regras foram anunciadas nesta sexta (7) pelo governador João Doria.

Por G1 SP — São Paulo

O governo de São Paulo adiou a reabertura das escolas públicas e privadas no estado para o dia 7 de outubro. O anúncio foi feito pelo governador João Doria (PSDB), em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, no início da tarde desta sexta-feira (7).

“A data foi adiada para 7 de outubro por recomendação do Centro de Contingência do Coronavírus para garantir uma margem de segurança ainda maior para as crianças, adolescentes, professores, gestores e profissionais da rede pública e privada de ensino e, obviamente, para os seus familiares”, disse Doria.

Entretanto, de acordo com o governador, as escolas públicas e privadas de regiões que estão na fase amarela há 28 dias e desejarem, poderão antecipar a reabertura para reforço escolar e atividades opcionais a partir do dia 8 de setembro.

“A escolha de reabertura para atividades opcionais e reforço a partir de 8 de setembro é uma decisão que cada escola deve tomar através de um processo de consulta que envolve a comunidade escolar, pais, estudantes e educadores”, completou o governador.

Ainda de acordo com Doria, as instituições deverão respeitar o limite do número de alunos em sala de aula e os protocolos sanitários. “O retorno escolar é importante, não somente pelo aspecto educacional, mas também pela questão social e de segurança alimentar”, defendeu Doria.

No final de junho, quando divulgou a proposta de reabertura das escolas, o governo descartou a regionalização e anunciou plano unificado para todo o sistema de ensino. Porém, o retorno só seria possível se todo o estado estivesse na fase amarela do plano de flexibilização da economia há 28 dias.

Tal condição acabou sendo alterada em decreto pelo governo posteriormente, e a regra em vigor determina que 80% da população do estado esteja há 14 dias na fase amarela e 14 dias com 100% da população em tal fase.

Embora o governo defenda que o estado tenha atingido o valor estabelecido, com 86% da população na fase amarela, conforme apresentado na recalibragem da classificação das regiões nesta sexta, a gestão estadual decidiu seguir a recomendação do comitê de saúde e adiar o retorno para outubro.

Professores da rede pública estadual de SP protestam contra retomada das aulas presenciais — Foto: Felipe Rau/Estadão Conteúdo

Divergências

Desde o anúncio, porém, o tema tem gerado debates. O setor privado, que chegou a cobrar antecipação da data, também diverge sobre o melhor momento para o retorno.

Na rede pública, escolas estaduais começaram a enviar às famílias um termo para que os pais se responsabilizem caso os filhos se contaminem com a Covid-19 após a retomada das aulas, com a justificativa de que “o vírus circula por todo o mundo e não somente na escola”.

Na semana passada, professores da rede estadual fizeram uma carreata na Zona Sul de São Paulo em protesto contra a volta às aulas. Donos de creches e escolas infantis realizaram um ato a favor da retomada das aulas na rede particular de SP e do ABC Paulista.

Nas últimas semanas, os prefeitos de quatro cidades do ABC Paulista decidiram que a volta às aulas presenciais na rede municipal só deve acontecer em 2021. Na capital paulista, a gestão de Bruno Covas não apresentou um cronograma, mas já havia sinalizado que as escolas não seriam reabertas em setembro.

Ato de donos de escolas particulares na Ponte Estaiada, Zona Sul de São Paulo. — Foto: Acervo Pessoal

Plano SP

Para começar a reabertura gradual do estado em 1º de junho, o governo dividiu o território de acordo com as 17 Divisões Regionais de Saúde (DRS). A Grande São Paulo ainda foi subdividida em microrregiões. A flexibilização da quarentena é feita de modo diferente em cada uma dessas regiões.

Os critérios que baseiam a classificação das Divisões Regionais de Saúde são: ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs); total de leitos por 100 mil habitantes; variação de novas internações, novos casos confirmados e novos óbitos confirmados, em comparação com a semana anterior, além disso, na mudança para a fase verde também são considerados óbitos e internações para cada 100 mil habitantes.

Esses critérios definem em qual das cinco fases de permissão de reabertura a região se encontra:

  • Fase 1 – Vermelha: Alerta máximo
  • Fase 2 – Laranja: Controle
  • Fase 3 – Amarela: Flexibilização
  • Fase 4 – Verde: Abertura parcial
  • Fase 5 – Azul: Normal controlado
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