Drauzio Varella pede desculpas à família do menino do “caso Suzi”

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Detenta Suzi Oliveira, presa por homicídio e estupro de menor de idade, foi uma das entrevistadas em reportagem pelo médico e recebeu abraço.

O médico Drauzio Varella divulgou vídeo na tarde desta terça-feira (10) em seu canal no Youtube pedindo desculpas para a família do menino morto pela detenta Suzi Oliveira, que foi uma das entrevistadas em recente reportagem do programa Fantástico, da “TV Globo”, e que recebeu um abraço do médico ao final da entrevista, que acabou viralizando. 

Os elogios que se seguiram nos primeiros dias à postura do médico deram lugar a uma enxurrada de críticas depois que a condenação de Suzi por homicídio de menor foi relevada.Documentos divulgados por um grupo de advogados revelaram que Suzi foi condenada por estuprar e estrangular uma criança em 2010 no bairro União de Vila Nova, na capital paulista.

Varella disse que desconhecia o crime cometido pela detenta porque realiza seu trabalho em penitenciárias na condição de médico. “Não há o que falar. É um crime que choca todos nós”, disse. Em seguida, pediu desculpas à família da vítima. “Posso imaginar a dor e peço desculpas para a família do menino que foi involuntariamente envolvida no caso.”

O médico também comentou por que a matéria não informou o crime cometido por Suzi. “O foco era mostrar as condições em que vivem as transexuais presas. As estatísticas oficiais indicam que a imensa maioria delas está presa por roubo e furto. A maneira pela qual a Suzi foi apresentada deu a entender que ela fazia parte desse grupo majoritário. Por isso entendo a frustração de quem se decepcionou comigo”, afirmou.

Em relação ao abraço, o médico afirmou que é o seu “jeito”. E também que assumia a responsabilidade pela repercussão negativa que o caso teve. 

Carta

Varella não foi o único a se manifestar após o caso viralizar. A detenta Suzi Oliveira divulgou carta em que afirmou que não quis se passar por inocente.

A Secretaria da Administração Penitenciária confirmou que Suzi cumpre pena na Penitenciária José Parada Neto, em Guarulhos (Grande SP), por homicídio triplamente qualificado e estupro de vulnerável.

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