Cerca de 450 trabalhadores ligados à produção na indústria estão parados há uma semana
Funcionários ligados à produção da multinacional Unilever em Vinhedo (SP) – responsável por linhas de higiene pessoal e limpeza – fizeram um ato em protesto contra demissões e terceirização de pessoal na entrada da indústria, nesta quinta-feira (5). Cerca de 450 trabalhadores estão parados, de acordo com o Sindicato dos Químicos da cidade. A greve teve início há uma semana, no dia 29 de setembro.
Por nota, a Unilever confirmou que as demissões fazem parte de um programa de reestruturação com o intuito de “manter a fábrica de Vinhedo competitiva por meio de ganho de eficiência no processo produtivo e da especialização da área de logística”, feita por meio de terceirização. Ao todo 130 funcionários serão afetados, sendo a maioria do setor de logística.
Ao menos 100 pessoas, entre empregados, familiares e sindicalistas, levaram cartazes e fizeram uma grande roda na entrada da empresa nesta manhã. Segundo o sindicato, somente os funcionários terceirizados – portaria, limpeza, manutenção e administrativo – estão entrando na fábrica para trabalhar.
Redução salarial
O sindicato alega que haverá uma redução brusca nos salários para o setor fabril com a terceirização.
“A média salarial em Vinhedo para trabalhadores no setor fabril é de R$ 4 mil bruto e os que vão ser contratados pela empresa terceira vão ser contratados por R$ 1.270 bruto. […] Além de precarização, a Unilever quer aumentar o lucro dela”, afirma o diretor.
O faturamento da multinacional em 2016 foi de R$ 15 bilhões, segundo a entidade. Os funcionários que serão desligados terão alguns benefícios, segundo a Unilever, como “extensão do plano de saúde, assessoria para recolocação profissional e indenização por ano de trabalho superior ao que prevê a lei”, diz a nota.