Mulher sofreu queimaduras no braço e no cabelo. Dono do aparelho contou que também recebeu um novo celular da empresa.
Por Caroline Andrade, G1 Sorocaba e Jundiaí
A empresa responsável pelo celular que explodiu e queimou uma estudante de enfermagem, em Salto (SP), no dia 23 de dezembro do ano passado, ressarciu a família e deu um novo aparelho ao marido da vítima.
A mulher sofreu queimaduras no braço e no cabelo depois que o celular do esposo explodiu enquanto estava conectado ao carregador, no quarto do casal.
Márcio Pereira Rodrigues, de 41 anos, contou que ele e a esposa viveram momentos de pânico ao virem o aparelho em chamas. O professor universitário disse que entrou em contato com a empresa Motorola e recebeu a orientação de enviar o celular para a unidade deles em São Paulo.
Márcio explicou que, poucos dias depois, a empresa entrou em contato com ele para fazer uma proposta.
“Eles disseram que não tinham a aparelhagem para analisar o celular e descobrir o que aconteceu e que teriam que mandar o aparelho para o exterior. Eu disse que podia mandar, mas aí disseram que teriam que ficar com o celular, que demoraria mais de seis meses e me orientaram a aceitar o ressarcimento e um novo aparelho.”
Com medo da demora, Márcio resolveu aceitar a proposta. O professor e a esposa receberam um valor não informado para reparar os danos causados pela explosão e também um novo celular.
“Financeiramente, não compensou. O susto que levamos…minha mulher sofreu uma queimadura. Isso o dinheiro não vai pagar”, completa.
Resposta
Em nota, a Motorola ressaltou que tem como prioridade a segurança dos consumidores e reforçou que todos os produtos são projetados e fabricados com os mais altos padrões de qualidade e seguindo todas as normas nacionais e internacionais de segurança.
“Além disso, todos os aparelhos são submetidos a testes rigorosos para oferecer produtos duráveis e confiáveis para o consumidor”, diz a nota.
A empresa informou ainda que ofereceu todo o suporte necessário à consumidora e que, por se tratar de um caso raro e isolado, pediu autorização a ela para encaminhar o produto para uma análise mais detalhada nos laboratórios dos Estados Unidos e, assim, emitir um laudo definitivo sobre o ocorrido.
Sobre a afirmação de Márcio de que seria melhor a família aceitar o ressarcimento, a Motorola disse que, após o ocorrido, a principal preocupação da empresa era resolver o problema dos consumidores o mais rápido possível.
“Pedimos aos nossos usuários que leiam e sigam os termos de uso contidos no manual do usuário e que eles apenas usem acessórios e equipamentos projetados, fabricados e/ou aprovados pela Motorola”, completa.
