Apaixonado por prédios antigos e por estações de trem, Antônio Carlos Coutinho cita a Basílica Nossa Senhora do Patrocínio como um dos projetos ousados que pretende concretizar
O encarregado de um supermercado da cidade de Araras/SP descobriu no papelão a arte de fazer maquetes. Já são mais de 18 criações, incluindo prédios históricos da cidade.

O artista de mão cheia Antônio Carlos Coutinho, 59, nascido em Quintana/SP, reside em Araras há 42 anos, dos quais quatro são dedicados também a um hobby, cuja inspiração encontra na tranquilidade de sua casa aos finais de semana,. No manuseio de estilete, régua, caneta e papelão monta construções de estilos variados e que contam um pouco da história da cidade.

Sua filha, a professora Mônica Coutinho, 31, precisou de uma maquete, e foi assim que ele percebeu que tinha dom para desenvolver esta arte. “Minha filha é professora de história e elaborou um trabalho que contava um pouco sobre Cristóvão Colombo. Foi a partir deste momento que tive a ideia de fazer uma caravela. E para minha surpresa foi o maior sucesso. Então continuei fazendo apenas estações de trem”, revela. De lá para cá as peças vêm chamando a atenção de pessoas de todas as idades.

Detalhista, Coutinho usa fotos como referência para obter medidas exatas de cada obra. Foi dessa maneira que fez, por exemplo, a réplica do famoso ‘castelo’ da cidade de Araras. “O castelo para ficar pronto demorou dois meses”, comenta.

Projetos considerados ousados estão em fase de estudo para o artista começar a desenvolvê-los. “Adoro coisas antigas, principalmente relacionadas a estações de trens. Pretendo fazer as escolas Zurita e Justiniano, prédios antigos da cidade. Quero também fazer a primeira estação de trem do município que, por sinal, já tenho as fotos. E outro projeto ousado é fazer a réplica da Basílica Nossa Senhora do Patrocínio”, revela.

Cada maquete feita pelo artista Coutinho se encontra no seu local de origem para visualização do público.
João Crispim
