Carro em que as vítimas estavam foi atingido por outro na Rodovia Dom Tomás Vaquero (SP-344) na manhã de domingo (9). Motorista foi preso por embriaguez ao volante, homicídio culposo e porte ilegal de arma.
As seis pessoas da mesma família que morreram em um acidente na Rodovia Dom Tomás Vaquero (SP-344) foram enterradas em São João da Boa Vista (SP) na manhã desta segunda-feira (10).
Parentes e amigos velaram os corpos de Ana Paula Lemes, de 2 anos, Rafael Aparecido Ribeiro, de 12, Bruna Aparecida Veiga, de 32, Fábio Lemes Romualdo, de 40, Irene Lemes, de 60 e Jorge Batista Bovolenta, de 68, que foram enterrados no Cemitério Municipal.
O primo de uma das vítimas, que preferiu não se identificar, disse que a família de produtores rurais seguia para pegar um ônibus de excursão para um passeio da igreja católica em Tambaú (SP) quando aconteceu o acidente.
“É duro você perder uma família de um dia para o outro. Só ficou a alegria deles viva. Alegria, sempre sorrindo. Quero que seja feita Justiça e que essa pessoa pague pelo que fez com nossa família”, afirmou o serviços gerais Rodrigo Fortunato Lemes, parente das vítimas.
“Ele acabou com uma família por uma imprudência. Ele podia ter parado e ficado em algum lugar. A família vai ficar marcado para o resto da vida”, disse a cozinheira Joseane Fortunato Lemes, também parente das vítimas.
O acidente
O acidente com as seis mortes aconteceu na manhã de domingo (9). O carro das vítimas, uma Parati, foi atingido na traseira por um SUV no km 226 da SP-344, que liga a cidade a Vargem Grande do Sul.
O veículo da família foi arrastado por cerca de 200 metros e pegou fogo em seguida. Segundo a Polícia Rodoviária, cinco pessoas morreram carbonizadas.
Uma sexta vítima foi socorrida em estado gravíssimo para o Pronto-Socorro da Santa Casa de São João da Boa Vista, mas também não resistiu aos ferimentos.
Embriaguez ao volante
O SUV era dirigido pelo empresário Pedro Dutra Neto, de 36 anos. Ele foi preso e indiciado por embriaguez ao volante, homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e porte ilegal de arma.
Segundo o delegado Guilherme Risso Teodoro, a Polícia Rodoviária encontrou dentro dele uma garrafa de vodca e uma pistola na maleta com munições.
De acordo com o delegado, os policiais constataram sinais identificadores de embriaguez. Foi oferecido o teste de etilômetro, mas o empresário recusou.
O advogado do empresário, Alisson Garcia Gil, disse que Neto não bebeu e que ficou abalado com o acidente. “Ele contou que a família morava em um sítio próximo à rodovia e teria entrado na pista de uma vez, não deu tempo de desviar e acertou a traseira do veículo. Agora vamos aguardar a audiência de custódia”, disse.