Equipe da Unicamp estuda ações sobre o desastre de Brumadinho, MG

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Grupo analisará a ocorrência na cidade mineira e seus impactos ambientais, culturais, econômicos, sociais e humanitários.

Docentes, pesquisadores, funcionários e alunos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) estarão presentes em uma reunião nesta segunda-feira (11) para compor uma equipe que realizará de estudos e pesquisas sobre o desastre causado pelo rompimento de uma barragem em Brumadinho, em Minas Gerais.

O encontro, promovido pela Pró-Reitoria de Ensino, ocorre no Auditório do Grupo Gestor de Benefícios Sociais (GGBS), no prédio da Diretoria Geral de Administração (DGA). A equipe será liderada pelo professor Jefferson Picanço, do Departamento de Geologia e Recursos Naturais do Instituto de Geociências (IG). O docente esteve em missão oficial no local da tragédia.

O grupo analisará a ocorrência e seus impactos ambientais, culturais, econômicos, sociais e humanitários de médio e longo prazo, buscando estabelecer medidas eficazes de monitoramento de riscos, de prevenção de novos acidentes, mitigação dos danos causados ao meio-ambiente acompanhando os desdobramentos socioculturais da população atingida e outros aspectos de relevância para a região.

Diário

Diário de Brumadinho é um blog hospedado no site da universidade e que abre espaço para os relatos da equipe de estudos. O espaço abrigará as notícias enviadas pelo professor Jefferson Picanço, do IG. O docente integra a missão de estudos que pretende analisar as causas do rompimento e fornecerá recomendações às autoridades à frente das operações.

Já nas primeiras horas na cidade, o professor contou sobre o desastre e o clima na cidade e em seus arredores. “Não há como não pensar no desastre e em suas consequências. Infelizmente, tudo indica que será o maior desastre de rompimento de barragem em número de vítimas que se tem notícia”, revela.

Todos estão perplexos e de luto. Não há um cidadão de Brumadinho que não tenho perdido um familiar ou amigo. Eu próprio, que estive em Minas quando jovem, soube de um desaparecimento relacionado com um conhecido daqueles tempos”, acrescenta.

O reitor da Unicamp, Marcelo Knobel, comentou como a ciência pode trabalhar junto às autoridades na prevenção de tragédias como a que ocorreu na cidade mineira. “A reitoria soltou um comunicado sobre a tragédia e nela destacamos a importância da ciência para evitar desastres desse tipo, além de cobrarmos mais eficiência nas políticas ambientais”, afirma.

“Foram apenas três anos entre uma e outra tragédia, em Mariana, e isso precisa ser tratado de forma transparente e com rigor. Quanto tempo a sociedade vai levar pra se recuperar do impacto humano? É imperioso reavaliar as políticas de licenciamento ambiental e adotar medidas urgentes que garantam a segurança da população, do meio ambiente e da biodiversidade”, completa o reitor.

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