Segundo o informe da escola enviado aos pais, a maior parte dos contaminados são professores.
A escola particular Jaime Kratz, localizada no bairro Taquaral, em Campinas (SP), suspendeu as aulas presenciais dos alunos nessa semana após um surto de covid-19 entre os profissionais. As aulas começaram presencialmente no último dia 25 de janeiro e todos os alunos, agora, estão fazendo aulas remotas. A suspensão vale até o dia 18 de fevereiro.
De acordo com um comunicado (veja abaixo) enviado aos pais dos alunos nessa segunda-feira (1º), a escola informa que na última sexta-feira a unidade tinha 20 funcionários com covid-19 e agora já são 34 trabalhadores confirmados. Para a reportagem, a escola disse apenas que todos os dados foram encaminhados aos órgão responsáveis.
Segundo o informe da escola enviado aos pais, a maior parte dos contaminados são professores. Além disso, um aluno já teve o caso confirmado e outros seis estão com sintomas e são acompanhados de perto pela unidade de ensino.
Os casos começaram a ser relatados no dia 20 de janeiro. Segundo apurou a nossa reportagem, uma semana antes os professores estavam se reunindo para realizar o planejamento. As aulas para os cerca de 1,3 mil alunos foram iniciadas no dia 25 do mesmo mês. Segundo a unidade, em cada dia havia 35% dos alunos presentes na escola.
Eles também informam que foram cumpridos o distanciamento social e a desinfecção no prédio era feita diariamente. O uso de álcool em gel e máscara também era respeitado. “Já tomamos as medidas de desinfecção de todo o espaço escolar e visando a saúde de nossos funcionários e alunos estamos seguindo rigorosos protocolos”, informou a escola através de nota oficial.
A Jaime Kratz também confirmou que, além destas ações, elaborou relatório dos casos e encaminhou à Vigilância Epidemiológica, da Prefeitura Municipal de Campinas e para a Diretoria de Ensino. Procurada, a Secretaria de Saúde informou que a Visa (Vigilância em Saúde) está acompanhando o caso.
LIMINARES
Na semana passada, houve uma guerra na Justiça sobre o retorno presencial das aulas. A Apeoesp (sindicato dos professores), que entrou com o pedido de suspensão do retorno presencial junto de outras três entidades de servidores da educação, conseguiu uma liminar que suspendia.
O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), porém, atendeu a pedido do governo de São Paulo e derrubou a liminar que impedia a reabertura das escolas no estado.