Esposa de soldado desaparecido reconhece relógio encontrado em suposto cativeiro em SP

PUBLICIDADE

Leandro Martins Patrocínio foi visto pela última vez no sábado (29), quando deixou a Estação Sacomã, na Zona Sul da capital. Policiais ouvidos pela reportagem informaram que equipes estão desde domingo (31) na comunidade de Heliópolis atrás de pistas sobre o paradeiro do policial.

 

A esposa do soldado que desapareceu quando estava a caminho do trabalho no sábado (29) reconheceu um relógio encontrado em um suposto cativeiro na comunidade de Heliópolis, na Zona Sul de São Paulo (SP), segundo informações da polícia.

Os agentes informaram também que cães farejadores que estiveram no local apontaram que Leandro Martins Patrocínio, de 30 anos, esteve no mesmo ambiente. Uma das linhas de investigação aponta que o soldado teria sido vítima de assalto e sequestrado quando os criminosos descobriram que ele trabalha na Polícia Militar.

Nesta terça-feira (1º), equipes fizeram varredura pela comunidade e no fim da tarde vasculharam um terreno que fica ao lado da comunidade. Leandro é natural do Rio de Janeiro, mas vive há cinco anos em São Paulo. Ele estava voltando para a base da Polícia Militar em São Bernardo do Campo, no ABC, após visitar um amigo no sábado.

Policiais ouvidos pela reportagem informaram que equipes estão desde domingo (31) na comunidade atrás de pistas que possam levar ao paradeiro do agente (saiba mais abaixo).

De acordo com a pasta, Leandro Martins Patrocínio foi visto pela última vez por volta das 22h30 no sábado, quando deixou a Estação Sacomã do Metrô, na Zona Sul de São Paulo. Os policiais analisam imagens de câmeras de segurança do Metrô que gravaram o momento em que o soldado saiu do local a caminho do trabalho.

Leandro deveria ter começado seu turno às 4h45 de domingo (30) na Base Operacional da Polícia Rodoviária Estadual da PM, em São Bernardo, mas não compareceu ao local. “Não houve qualquer contato do policial com a família ou integrantes da Unidade”, informa trecho da nota divulgada pela comunicação da SSP sobre o sumiço do soldado.

Investigação

O caso é investigado pela 5ª Delegacia de Investigações sobre Pessoas Desaparecidas, do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), com sede na cidade de São Paulo. Além da Polícia Civil, “diversas unidades da Polícia Militar estão realizando buscas pelo policial” desaparecido, segundo a Segurança.

Policiais que participam das investigações informaram a reportagem que agentes das forças de segurança pública do estado estão desde domingo na comunidade de Heliópolis procurando pistas que possam levar ao paradeiro do soldado.

Segundo os agentes, um cartão bancário que seria de Leandro teria sido usado em um bar em Heliópolis. Além disso, a polícia localizou um relógio e uma camiseta manchada de sangue na região que serão periciadas para saber de quem são.

Na segunda-feira (31), equipes das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) estiveram na comunidade. Questionada, a pasta da Segurança negou que o patrulhamento da tropa de elite da PM em Heliópolis tivesse relação com as buscas ao soldado desaparecido.

Apesar disso, a SSP não informou qual o motivo da incursão da Rota à comunidade. Fato é que durante o patrulhamento, um dos quatro suspeitos abordados que fugiram foi morto durante suposto confronto com os policiais militares. “Houve acompanhamento, confronto e um dos suspeitos foi atingido, sendo prontamente socorrido por uma equipe do Resgate ao Pronto Socorro Ipiranga, mas não resistiu aos ferimentos”, informa trecho do comunicado da Segurança sobre a operação em Heliópolis.

De acordo com a SSP, uma arma de fogo e duas mochilas com drogas foram apreendidas no local. Ainda segundo a assessoria da Segurança, um ônibus pegou fogo no Terminal Sacomã, mas foi em razão de uma pane elétrica. O Corpo de Bombeiros apagou o incêndio. Não houve registro de feridos.

PUBLICIDADE
PLÍNIO DPVAT