Acordo entre Instituto Biológico e multinacional canadense Lallemand Plant Care prevê aplicação de royalties em novas pesquisas.
O Vice-Governador Rodrigo Garcia participou nesta terça-feira (27) do anúncio de uma nova biotecnologia desenvolvida pelo Instituto Biológico, ligado ao Governo do Estado, e a multinacional canadense Lallemand Plant Care para controle de nematoides de galhas e cisto da soja. Os royalties do produto serão revertidos para novas pesquisas agropecuárias.
“É uma celebração para nos encorajar por tantos outros desafios que temos pela frente. E saibam que o Governo de São Paulo está atento a esses desafios. Dentro de nossas possibilidades e esforço, vamos a cada momento fazer mais investimentos no agro”, afirmou Garcia. “Espero que essas decisões nos façam permanecer na vanguarda do investimento em pesquisa”, acrescentou.
As pragas podem causar prejuízos de até R$ 16,2 bilhões para a cadeia produtiva da soja, segundo a Sociedade Brasileira de Nematologia. O novo bionematicida chamado Lalnix Resist é produzido à base do fungo Trichoderma e tem lançamento previsto para o segundo semestre deste ano.
Os nematoides são parasitas que podem reduzir em até 20% o potencial produtivo das lavouras de soja. O uso de Trichoderma é uma alternativa natural para combater esses vermes de solo, que são mais resistentes a produtos químicos.
“Este é o primeiro licenciamento realizado pelo Instituto Biológico de forma exclusiva e com amparo legal. O licenciamento garantirá o ganho de royalties para a Instituição que será revertido para novas pesquisas, o que é muito interessante”, declarou Ana Eugênia de Carvalho Campos, Diretora Geral do Instituto Biológico.
“A Lallemand é uma empresa com mais de cem anos de know-how em microrganismos e sempre primou por parcerias com instituições de pesquisas, como o Instituto Biológico. Essa parceria resultou em uma ferramenta de muito valor para o manejo e que ressalta a importância dos biológicos para uma agricultura responsável”, disse Fernando Urban, CEO da Lallemand Plant Care no Brasil.
O contrato de transferência de tecnologia está fundamentado na nova Lei de Inovação (lei federal 10.973/04) e no Decreto Estadual 62.817/17, com aprovação do Núcleo de Inovação Tecnológica e aval da Diretoria-Geral do Instituto Biológico, com a interveniência da Fundepag (Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio).
“Este é mais um marco para a Fundepag, que apoiou o Instituto Biológico por meio de sua incubadora de conhecimento, a Conexão.f, na aplicação da recente legislação paulista e brasileira de incentivo à inovação. Garantimos que a produção de tecnologias pela ciência seja transferida para a sociedade, agregando valor ao setor produtivo”, afirmou Antonio Alvaro Duarte de Oliveira, Diretor-Presidente da Fundepag.