Exceção é para a região de Presidente Prudente, que permanecerá na fase vermelha, a mais restritiva, em que só serviços essenciais são liberados. Nova reclassificação, que estava marcada para esta segunda (4), foi adiada para a quinta-feira (7).
O estado de São Paulo volta nesta segunda-feira (4) para a fase amarela da quarentena, em que é permitida a abertura do comércio e de outras atividades não essenciais. A exceção é a região de Presidente Prudente, que por conta dos indicadores de internações permanecerá na fase vermelha, a mais restritiva do Plano São Paulo de flexibilização da economia.
A gestão João Doria (PSDB) havia colocado todo o estado temporariamente na fase vermelha para tentar conter o avanço da contaminação pelo coronavírus. A medida valeu nos dias 25, 26 e 27 de dezembro e 1º, 2 e 3 de janeiro.
A nova reclassificação das regiões do estado entre as fases, que estava marcada para esta segunda-feira (4), foi adiada para a próxima quinta-feira (7).
Serviços liberados na fase amarela: shoppings; lojas; concessionárias; escritórios; bares, restaurantes e lanchonetes; academias; salões de beleza; parques; cinemas, teatros e outros estabelecimentos culturais.
Serviços essenciais permitidos na fase vermelha: farmácias; mercados; padarias; postos de combustíveis; lavanderias; meios de transporte coletivo, como ônibus, trens e Metrô; bancos; pet shops; hotéis, pousadas e outros serviços de hotelaria.
Mortes e casos
O estado de São Paulo registou neste domingo (3) média diária de 140 mortes por coronavírus. A média móvel de mortes, que considera os registros dos últimos 7 dias, já está acima de 100 no estado há 39 dias seguidos.
O valor deste domingo variou -10% em relação ao registrado há 14 dias, o que para especialistas indica tendência de estabilidade. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, foram registradas 37 novas mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, elevando o total desde o início da pandemia para 46.845. Já o total de casos confirmados da doença subiu para 1.471.422, considerando os 3.469 novos registros nas últimas 24 horas.
Os novos registros não significam, necessariamente, que as mortes e casos aconteceram de um dia para outro, mas sim que foram contabilizados no sistema neste período. As notificações costumam ser menores aos finais de semana e feriados, quando as equipes de saúde trabalham em esquema de plantão.
Os valores podem voltar a subir na próxima semana, quando os dados represados durante o feriado prolongado de Ano Novo devem ser atualizados. Neste domingo, 11.024 pacientes estavam internados no estado com suspeita ou confirmação de Covid-19, sendo 6.047 em enfermarias e 4.977 em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). A taxa de ocupação de leitos de UTI era de 61,8% no estado e 64,9% na Grande São Paulo.
As internações têm se mantido acima de 10 mil desde o início de dezembro de 2020, o que pressiona o sistema de saúde e interfere no atendimento de outras doenças. A última vez em que o estado tinha registrado mais de 10 mil pacientes internados havia sido em 20 de setembro.
Fase vermelha
O estado de São Paulo vive uma nova piora nos índices da pandemia nas últimas semanas. Houve aumento de 66% no número de mortes por Covid-19 em dezembro de 2020 – com total de 4.622 até o dia 31 -, em comparação às 2.784 registradas no mês de novembro.
Para tentar conter o avanço da contaminação, a gestão João Doria (PSDB) regrediu todo o estado para a fase vermelha, mais restritiva da quarentena, nos dias 25, 26 e 27 de dezembro e 1º, 2 e 3 de janeiro.
Durante o período, apenas serviços essenciais eram autorizados a funcionar, mas várias cidades e estabelecimentos comerciais não seguiram as determinações. Houve aglomeração em praias e registros de festas clandestinas em todo o estado durante a virada de ano.
De acordo com a Prefeitura de São Paulo, uma força-tarefa organizada pela Secretaria Municipal de Saúde em parceria com o governo do estado dispersou 6.700 pessoas de festas clandestinas na capital paulista durante o período do Natal e Ano Novo.
Nas duas semana, foram fiscalizados 52 estabelecimentos comerciais, denunciados por descumprimento das recomendações da fase vermelha. Destes, 11 foram interditados, segundo a gestão municipal.