Estudantes fazem prótese em impressora 3D e doam para jovem que perdeu a perna em Rio Claro, SP

PUBLICIDADE

Alunos querem ampliar projeto e beneficiar outras pessoas e estão desenvolvendo uma prótese de braço para uma mulher.

Alunos de uma escola de Rio Claro (SP) aliaram o aprendizado na sala de aula com o fazer o bem ao próximo e desenvolveram e doaram uma prótese para um jovem de 22 anos de Corumbataí (SP) que perdeu a perna em um acidente com trator.

O projeto foi desenvolvido durante uma oficina extra-curricular. O grupo de estudantes, de 10 a 16 anos, usou uma impressora 3D para fazer as partes de plástico da prótese, que foi montada com ajuda de outras peças feitas de alumínio aeronáutico, conseguidas por meio de uma parceria com uma faculdade de Araras (SP).

Segundo o professor de física do Colégio Puríssimo, Filipi Ongarelli, o projeto integra conhecimento de várias áreas, no qual foi possível aplicar os conceitos passados nas aulas.

“Tem os conceitos físicos, que são a distribuição de forças e as resistências dos materiais. Teve que ter todo um estudo, que eles desenvolveram, sobre como produzir [a prótese]”, explicou.

Alunos de uma escola de Rio Claro fizeram uma prótese em impressora 3D e doaram a trabalhador rural que perdeu a perna em acidente — Foto: Divulgação

Solidariedade

A ideia partiu de um grupo de alunas que ficou sensibilizado com a notícia do acidente do trabalhador rural Daniel Silva, que teve parte da perna amputada após um acidente de trator.

“Para mim, foi bom porque já pensei logo que eu ia poder andar de novo”, disse Silva.

A prótese desenvolvida pelos alunos o auxiliou nos primeiros meses após o acidente, até ele conseguir uma prótese definitiva.

Alunos de Rio Claro (SP) estão desenvolvendo prótese de antebraço com a ajuda de um funcionária da escola. — Foto: Ronaldo Oliveira/EPTV

Projeto está se desenvolvendo

Após doar a prótese para Silva, os alunos resolveram ajudar outras pessoas. A próxima beneficiada será a tia de dois alunos que perdeu o braço em um acidente.

A nova prótese está sendo desenvolvida com a ajuda da auxiliar de biblioteca da própria escola, Sara Giulia Nunes, que nasceu sem o antebraço.

“É por meio da minha avaliação que eles vão poder modificar a prótese, para ficar ainda melhor. Acabei sendo modelo para eles terminarem o projeto e abrirem isso para várias pessoas”, disse Sara.

PUBLICIDADE
PLÍNIO DPVAT