Tanto o exame de urina como a dosagem de creatinina e ureia no sangue podem sugerir deficiências da função renal.
Testes simples, como o que mede a taxa de creatinina no sangue e o exame de urina I, podem ser o ponto de partida para o diagnóstico precoce de doenças renais. O primeiro é feito com coleta de sangue e avalia a quantidade de creatinina. Essa substância, produzida em ritmo constante pelos músculos, é eliminada somente pelos rins e funciona como um marcador para se estimar a função renal. Quando o rim não está funcionando bem, o nível de creatinina fica elevado.
A creatinina dosada no sangue deriva, principalmente, do metabolismo da creatina muscular. Por isso, variáveis como sexo, idade e peso interferem na sua taxa. Por terem mais massa muscular, homens e jovens apresentam maior nível da substância no sangue do que mulheres e pessoas mais velhas.
Além disso, a creatinina dosada no sangue não tem uma relação linear com a medida da substância filtrada nos rins. Por isso, quando o exame de sangue revela que o paciente apresenta um nível alto dessa substância, a sua função renal pode já estar cerca de 50% comprometida.
Outra toxina, a ureia, também é eliminada pelos rins. Por isso, sua dosagem no sangue pode ser outro ponto de partida para um diagnóstico precoce de doença renal. Porém, a creatinina é considerada um indicador mais confiável na prática médica.
Mais um teste que pode sinalizar o mau funcionamento dos rins – e também da via urinária – é o exame conhecido como urina I. É realizado por qualquer laboratório de análises clínicas, bastando que se faça a coleta da amostra de urina dentro de um prazo determinado – em geral, pela manhã, com a urina produzida à noite. A partir daí, são analisados densidade, ph e a presença de elementos como glicose, proteínas, nitritos (o que sinaliza a existência de bactérias), entre outros.
Tanto o exame de urina como a dosagem de creatinina e ureia no sangue podem sugerir deficiências da função renal. Havendo indicação de problemas no processo de filtragem dos rins, pela presença de substâncias em níveis anormais, o médico costuma aprofundar-se na investigação com testes mais precisos e específicos.
Porém, esses exames preliminares, realizados de forma simples e corriqueira, são fundamentais para o controle regular da saúde dos rins, possibilitando diagnósticos precoces. “Tornam-se ainda mais importantes quando se leva em conta que a doença renal é silenciosa no início e pode estar associada a outros riscos, como doença cardiovascular”, destaca o coordenador do Centro de Nefrologia e Diálise, o nefrologista Elias David Neto.
Fonte: Hospital Sírio-Libanês
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