Falso líder espiritual é condenado a 52 anos de prisão por violação sexual de pacientes em Campinas, SP

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MP denunciou André Lanzoni por cometer crime contra sete vítimas. Réu se apresentava como terapeuta holístico e abusou de pessoas que buscavam cura, segundo investigação; cabe recurso.

A Justiça de Campinas (SP) condenou a 52 anos e 6 meses de prisão o suposto líder espiritual André Correa Lanzoni pelo crime de violação sexual mediante fraude contra pacientes que buscavam cura. A decisão foi publicada no Diário de Justiça desta sexta-feira (4). Cabe recurso contra a decisão.

Denunciado pelo Ministério Público, Lanzoni é alvo de pelo menos seis processos judiciais. Nossa reportagem tenta contato com a defesa do acusado para que ela se posicione sobre a sentença. O réu está preso preventivamente desde março e a pena será cumprida inicilamente em regime fechado.

Na sentença, é destacado que a pena base pelo crime praticado contra cada vítima foi elevada em um ano acima da mínima definida por lei por conta da “intensa culpabilidade de Lanzoni”. Além disso, foi estipulado que o réu deve pagar pelo menos R$ 150 mil para cada vítima, a título de reparação.

“Sua personalidade distorcida, as circunstâncias, a motivação e principalmente as consequências que o delito infligiram a elas [vítimas], que dificilmente superarão o trauma experimentado […] Descabe falar em confissão pelo só fato do réu ter admitido ter mantido relação sexual com algumas vítimas, segundo eles, consensualmente e não nas circunstâncias descritas na denúncia, a elevei de metade, em face majorante prevista no dispositivo acima citado, analisada na fundamentação”, diz a sentença.

Em maio, o MP informou que foram identificadas sete vítimas e todos os processos são por violação sexual mediante fraude na forma qualificada, já que Lanzoni teria “autoridade sobre a vítima, em continuidade delitiva”. 

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