Artefato foi localizado abandonado na avenida da orla de Santos, no litoral paulista. Dono do objeto havia acabado de sair de uma festa à fantasia.
Por G1 Santos
A falsa bomba detonada pelo Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) na orla de Santos, no litoral de São Paulo, compunha uma fantasia de um mecânico de 23 anos. Ele se desfez do objeto de plástico e madeira após sair de uma festa temática. Em entrevista, ele pediu “desculpas” pelos transtornos e diz que se apresentará à polícia.
O artefato suspeito foi localizado por pedestres na calçada da avenida Presidente Wilson, no bairro Gonzaga, na manhã de sábado (16). Policiais militares isolaram a área, bloquearam o trânsito, acionaram equipes de socorristas, dos bombeiros e o esquadrão antibomba do Gate, que posteriormente detonou a suposta bomba na areia.
Após a mobilização, que interferiu no fluxo de veículos da cidade por metade do dia, uma imagem de uma pessoa fantasiada de “homem-bomba” circulou em aplicativos de mensagens e em redes sociais. Tratava-se do dono do falso artefato, o mecânico que criou a fantasia e que depois foi alertado pelos amigos sobre o que acontecia na cidade.
“Eu jamais tive a intenção de causar tudo isso. Peço desculpas às pessoas e aos policiais que foram mobilizados. Quando eu sai da festa com meus amigos e passamos pelo local voltando pra casa, eu joguei a ‘bomba’ naquela lixeira. Era lixo, não precisava mais dela. Era noite e não vi que não tinha acertado”, lamentou o rapaz, que pediu anonimato.
Ele estava com os colegas do trabalho em uma festa temática da empresa. “Quando vi que seria à fantasia, pensei em algo que pudesse ter em casa. Montei um turbante, peguei um sobretudo e fiz aquela ‘bomba’ com cabo de vassoura para simular dinamite, fita adesiva, fios velhos e um painel de moto velho. Pode ter parecido real”, explica.
O objetivo era vencer uma premiação que seria realizada na festa. “Todo mundo elogiou, falou que a fantasia estava muito boa. Mas acabou nem tendo essa premiação. Se tivesse ganho, teria até que dividir a premiação com meu amigo, que me ajudou a preparar aquela bomba falsa. Ficamos olhando as imagens na internet para fazer”.
O mecânico afirma estar ciente da responsabilidade, principalmente, diante da repercussão e da mobilização dos policiais. “Além das desculpas às pessoas, eu tenho e vou me apresentar na delegacia para prestar esclarecimento sobre o que aconteceu. Muita gente levou na brincadeira, mas vou tomar mais cuidado numa próxima situação”.
O caso foi registrado no plantão da Polícia Judiciária e deverá ser investigado pela equipe do 7º Distrito Policial da cidade, informou o comando da corporação. Pela legislação, ainda segundo a polícia, o rapaz poderá responder por uma “contravenção penal”, uma vez que por não se tratar de um artefato explosivo, não é considerado crime.