A iniciativa começou com o humorista Whindersson Nunes, que dou 20 cilindros de 50 litros de oxigênio.
Com o colapso do sistema de saúde de Manaus (AM) diante da pandemia de coronavírus, diversos famosos resolveram ajudar e se mobilizaram na compra de cilindros de oxigênio, durante a noite da última quinta-feira (14).
A iniciativa começou com o humorista Whindersson Nunes, que dou 20 cilindros de 50 litros de oxigênio. Rapidamente, ele convocou amigos famosos para a doação, entre eles: Marília Mendonça, Tata Werneck, Tierry, Wesley Safadão, Tirullipa e Simone.
Logo depois, outros nomes declaram também querer fazer parte do movimento, tais como Thelma Assis, Bruno Gagliasso, Marcelo Adnet, Paola Carosella, o jogador Richarlison Andrade, Dennis DJ, Hugo Gloss, Sabrina Sato, Klara Castanho, Ana Hikari, Paulo Vieira e a dupla Jorge e Mateus.
Whindersson afirmou que sua iniciativa em ajudar é pela cidade ter sido uma das primeiras a lhe “dar moral como artista”. “Muitas doações no pix pra materiais hospitalares, e temos um valor de 150 cilindros de 50L.” Até a madrugada desta sexta-feira (15), foram arrecadados mais de R$ 340 mil.
O humorista deixou claro de que ninguém comprou os cilindros. “Os artistas estão se comprometendo publicamente a ajudar com o valor, se mobilizando para ajudar de alguma forma”, ressaltou.
Além disso, os famosos que estiveram envolvidos na campanha chegaram a ressaltar a dificuldade em encontrar uma maneira de transportar os cilindros de oxigêncio, se mobilizando então a achar uma logística segura em levar os equipamentos.
Outro famoso que disponibilizou sua ajuda foi o cantor Gusttavo Lima. Ele garantiu a compra de 150 cilindros que devem chegar à capital amazonense até o próximo sábado (16).
“Uma mão lava a outra e as duas lavam o rosto… Assim seguimos com bondade e amor ao próximo! Ei, Manaus, estamos com vocês… Parabéns a todos que estão ajudando!”, escreveu o sertanejo.
URGÊNCIA
Por conta do avanço dos casos do novo coronavírus, Manaus tem passado por uma crise sem precedentes, com recordes de internações e unidades de saúde sem oxigênio.
O Amazonas está sendo obrigado a enviar pacientes para outros estados e, para tentar diminuir a propagação do vírus, o governo estadual decretou toque de recolher, proibindo a circulação de pessoas entre 19h e 6h na capital.
A média de mortes cresceu 183% no estado somente nos últimos 7 dias. Já o número de internações pela doença em Manaus chegou a 2.221, contando do primeiro dia do ano até a última quarta-feira (12).
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, esteve no estado nesta semana e afirmou que Manaus deve ser considerada como “prioridade nacional neste momento”.