‘Ficamos surpresos’, diz associação que conseguiu retorno de público aos templos

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‘As igrejas do Brasil são os maiores pontos de acolhimento de necessitados, afirma Edna Zili, presidente da Anajure.

A presidente da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure) disse à CNN que foi surpreendida com a decisão do ministro Nunes Marques. Ele proibiu que prefeitos e governadores impeçam a realização de cultos e missas com presença de público. “Ficamos surpresos, sim, com essa decisão agora”, disse Edna Zili.

A ação foi apresentada pela Anajure em junho do ano passado, pouco depois de o Supremo Tribunal Federal decidir, por unanimidade, que gestores municipais e estaduais têm autonomia para adoção de medidas restritivas. À época, Nunes Marques não era ministro do STF. Ele herdou o caso porque sucedeu o ministro Celso de Mello, então relator, que se aposentou em 2020.

Edna Zili comemorou a decisão do ministro. “Essa liminar não obriga a abertura de templos religiosos, apenas libera. Nós apelamos ao bom senso”, reforçou. A principal preocupação apontada por ela é com o atendimento às pessoas carentes, que buscam as igrejas para amparo espiritual e financeiro, além da doação de alimentos.

“As igrejas do Brasil são os maiores pontos de acolhimento de necessitados, de quem mais precisa nesse momento de pandemia. O fechamento das igrejas não apenas impede o exercício da religiosidade, garantido pela Constituição Federal, como dificulta o trabalho com a população carente”, afirmou.

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