Em depoimento à Polícia Civil, Flávio dos Santos disse que matou a tiros o pastor Anderson do Carmo de Souza. Ele disse ainda que irmão Lucas ajudou a comprar arma usada no crime. Os dois irmãos estão presos.
Por Felipe Freire e Leslie Leitão, TV Globo
Filho da deputada Flordelis (PSD), Flávio dos Santos, de 38 anos, admitiu ter matado a tiros o pai, o pastor Anderson do Carmo de Souza. Em depoimento à Polícia Civil nesta quinta-feira (20), ele afirmou ter disparado seis vezes – laudo do IML mostrou que a vítima tinha 30 perfurações no corpo.
Flávio dos Santos disse ainda que seu irmão mais novo – Lucas dos Santos, de 18 anos – teria ajudado a comprar a arma usada no crime. A motivação do assassinato e outras circunstâncias do crime ainda são apuradas pela Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG).
Nesta quinta-feira (20), a Justiça do Rio de Janeiro aceitou o pedido da Polícia Civil e determinou a prisão temporária de Lucas e Flávio. O pedido foi feito ao Judiciário após os investigadores realizarem uma acareação entre Flávio e Lucas.
Anteriormente, a Polícia Civil informou que Flávio dos Santos teria confirmado apenas que planejou a morte. No entanto, a equipe de reportagem da TV Globo confirmou que ele assumiu ter feito seis disparos. Ainda não está claro se os outros tiros foram disparados pelo irmão.
Lucas e Flávio já estavam detidos desde segunda-feira (17), porque tinham mandados de prisão pendentes por outros crimes. O pedido de prisão temporária, por homicídio qualificado.
Latrocínio é descartado
A polícia descartou hipótese de latrocínio – roubo seguido de morte – no caso do assassinato do pastor. Segundo a polícia, as imagens das câmeras de segurança da casa do pastor não mostram nenhum suspeito entrando ou saindo.
Na tarde desta quarta-feira (19), Flávio, que é filho biológico de Flordelos, prestou novo depoimento na Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo.
Agentes encontraram, na noite anterior, uma pistola em cima de um armário no quarto onde ele dormia. Para a polícia, a arma foi usada no crime.
Por volta das 20h, enquanto prestava depoimento, Flávio passou mal e precisou ser atendido por socorristas do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) na delegacia.
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