Polícia Civil passou a investigar fonoaudióloga de Duartina (SP) após denúncias de falta de atendimento e agressões. Defesa da profissional não se manifestou.
A fonoaudióloga acusada de torturar e ofender crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em sua clínica particular em Duartina, no interior de SP, foi indiciada pela polícia por tortura e estelionato. A Polícia Civil começou a investigar o caso em junho do ano passado.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Paulo Calil, além da fonoaudióloga responsável pela clínica, a terapeuta ocupacional também foi indiciada pelos crimes. A polícia encaminhou o caso ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) na tarde de sexta-feira (27).
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Ainda segundo o delegado, as duas compareceram às intimações e, por isso, permanecem em liberdade. Questionada pelo site Repórter Beto Ribeiro, a defesa da fonoaudióloga Bianca Rodrigues Lopes Gonçalves, de 33 anos, não retornou até a última atualização desta reportagem.
Ficou comprovado na investigação, conforme o delegado explicou, que a clínica não cumpria o que foi prometido no tratamento disciplinar e individual, com fraudes sobre a quantidade de procedimentos oferecidos, além de provocar sofrimento nas crianças.
Em agosto do ano passado, a Polícia Civil informou que o laudo da perícia comprovou a autenticidade das fotos, vídeos e prints relacionados ao caso, e não havia qualquer tipo de montagem ou fraude nas imagens, o que indicava a tortura. Imagens das agressões não foram divulgadas.