Força-tarefa prende policiais e guardas municipais em operação contra roubo de cargas no interior de SP

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Foram cumpridos 16 dos 17 mandados de prisão temporária, 22 de busca e apreensão e 16 dos 17 mandados de apreensão de veículos. Outras três pessoas foram presas em flagrante.

Uma operação do Ministério Público Estadual e das polícias Civil e Militar prendeu na manhã desta quarta-feira (11) 19 suspeitos de roubo de cargas nas regiões de Campinas (SP) e Piracicaba (SP). Entre os alvos da “Operação Vidocq” estão dois policiais militares, um policial civil e um guarda municipal, segundo as investigações.

Também foram apreendidas duas pistolas 9 mm de uso exclusivo das forças armadas, fardas, além de veículos, placas, adesivos para adulteração de placas, dinheiro, cargas e bloqueadores de sinal de celulares e de rastreadores.

Ao todo foram expedidos 17 mandados de prisão temporária, sendo 16 deles cumpridos até o momento. Uma pessoa, que não é agente público, está foragida, informou a promotoria e a Polícia Militar. Ao todo 70 PMs participaram da operação, que teve início às 6h.

Há ainda 22 mandados de busca e apreensão e 17 de apreensão de veículos, sendo que 16 foram cumpridos. Outras três pessoas foram presas em flagrante, totalizando 19 detidos.

Ao menos 20 roubos

O grupo agia desde 2015, segundo as investigações em vias como Anhanguera (SP-330), Bandeirantes (SP-348), Dom Pedro I (SP-065) e Luiz de Queiroz (SP-304). Ao menos 20 roubos foram monitorados pelos investigadores desde então.

De acordo com a força-tarefa, o policial civil e o guarda municipal são de Cosmópolis (SP) e os dois policiais militares são de Paulínia (SP). A participação deles no esquema ainda será esclarecida, mas a promotoria ressaltou que nada aponta que eles participavam ativamente dos roubos.

Um dos integrantes presos foi flagrado, em Nova Odessa (SP), com farda da polícia nesta manhã. Ele estava com outras três pessoas, todos prontos para mais um roubo. Além do falso policial, o trio foi preso em flagrante.

Falsa blitz

A operação é comandada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, Batalhão de Operações de Polícia (Baep) e as corregedorias das polícias Civil e Militar.

Segundo as investigações, os integrantes da quadrilha se vestiam como se fossem policiais para abordar as vítimas de roubo em falsas blitze da Polícia Rodoviária em estradas da região. Eles paravam os veículos, rendiam o motorista e roubavam toda a carga.

Presos e material apreendido

Os presos e o material apreendido foram levados para a sede do Ministério Público na Cidade Judiciária, em Campinas, onde foram ouvidos pelos promotores. A movimentação foi intensa durante toda a manhã.

Após depoimentos, os suspeitos foram levados para a 2ª Delegacia Seccional da cidade, para onde também foram encaminhados os itens apreendidos, entre eles ao menos dois caminhões e seis carros.

O guarda municipal preso foi identificado como Irineu Alves. Segundo a Prefeitura de Cosmópolis, ele estava cedido para prestação de serviços na Polícia Civil há mais de 20 anos e responde à autoridade policial. A administração municipal disse, em nota, que vai aguardar o desfecho das investigações para tomar as providências cabíveis.

Cidades envolvidas

Os alvos da força-tarefa são nos municípios de Campinas, Hortolândia (SP), Sumaré (SP), Paulínia (SP), Nova Odessa (SP), Artur Nogueira (SP) e Cosmópolis (SP).

De acordo com a polícia, os bairros onde ocorreram as prisões em Campinas são o Vila Esperança e o Jardim Nova Esperança.Em Paulínia, os mandados foram cumpridos no Jardim Leonor e São José.

Em Hortolândia, os policiais foram na Vila São Pedro e Jardim Nova Europa. O Parque das Piscinas, em Artur Nogueira, teve presos.

Em Cosmópolis, a operação fez prisões numa área de chácaras perto da Rodovia Zeferino Vaz (SP-332). Dois bairros de Sumaré também foram alvos dos mandados, Jardim Denadai e Parque Yolanda.


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