Fotógrafa e técnica em enfermagem, jovem une paixões para retratar colegas dentro de UTI Covid

PUBLICIDADE

Giovanna Beatriz Ferraz criou uma série de 12 fotografias para homenagear profissionais de saúde que trabalham com ela na Casa de Saúde. Fio condutor do projeto são os ‘sorrisos por trás das máscaras’.

Técnica em enfermagem e estudante de fotografia, Giovanna Beatriz Ferraz decidiu unir uma paixão e o próprio ofício para eternizar as expressões de quem luta há um ano e meio contra a pandemia da Covid-19.

A jovem, que integra a equipe de enfermeiros de uma UTI exclusiva para a doença na Casa de Saúde, em Campinas (SP), decidiu homenagear os colegas de trabalho com o registro de 12 fotos para serem expostas na unidade médica. “Eu via em meus colegas rostos cansados, expressões de preocupação e angústia, mas também os sorrisos por trás do equipamento de proteção. A gente brinca que sorrimos com os olhos”, afirmou.

O sorriso, inclusive, é o fio condutor da série de fotografias intitulada “Eu lutei contra a Covid”. Giovanna explicou que a ideia foi registrar o momento atual dos profissionais de saúde, com o alívio da sensação de que “o pior já passou”, baseado no aumento do ritmo de vacinação no país. Em Campinas, 859.918 doses do imunizante já foram aplicadas na metrópole.

A ideia surgiu de conversas entre a jovem e o professor de fotografia Carlos Rincon. Além dos 12 homenageados, a série exalta todos os profissionais que atuaram na linha de frente de combate ao coronavírus. Os retratos serão impressos e expostos nos corredores da Casa de Saúde. 

Giovanna é enfermeira e fotógrafa e produziu série documental sobre profissionais da saúde em Campinas (SP) — Foto: Giovanna Beatriz Ferraz

Primeiro emprego

Giovanna se formou técnica em enfermagem aos 19 anos em 2020 e o trabalho na UTI de Covid-19, desde março deste ano, é o primeiro emprego na área da saúde. “Quando entrei o momento da pandemia era caótico. Foi uma experiência nova para mim, mas, apesar do medo, entrei de cabeça”, relatou.

A técnica conta que o que mais marcou no período em que ficou na UTI Covid foi a primeira vez que presenciou o óbito de um paciente em decorrência da doença. “Aquela pessoa é o amor da vida de alguém e nós fazemos de tudo para salvá-la. Naquele momento ela está sozinha ali. Também perdi um parente próximo para a Covid-19 e me marcou presenciar isso.”

Apesar dos episódios tristes, ela também destaca os momentos felizes que tem presenciado diariamente com as visitas de familiares, a melhora e a alta de pacientes. “Cada paciente que se recupera, que vai embora da UTI, representa uma alegria imensa para toda a equipe médica.”, apontou.

Veja as fotos abaixo

PUBLICIDADE
PLÍNIO DPVAT