Enquanto trabalhava, Annie Newcomen de 22 anos, começou a se contorcer devagar, piscar rapidamente e ter crises de ausência.
“Eles me acusaram de estar escondendo que estava bêbada”, conta mulher de 22 anos que sofreu um ataque epilético no trabalho. A fonoaudióloga Annie Newcomen andava pelos corredores da clínica até o consultório quando começou a se contorcer devagar, piscar rapidamente e ter crises de ausência. O comportamento estranho chamou atenção de um colega, que em meio às acusações a levou ao pronto-socorro.
No hospital, ela teve os sintomas associados ao estresse, mas sabia que essa não era a causa do mal estar. As ocorrências persistiram por dias até que a encaminharam para consultar um neurologista, que prontamente revelou o diagnóstico. De acordo com o médico, Annie sofre de epilepsia – doença em que há perturbação da atividade das células nervosas no cérebro, causando convulsões.
“Fiquei chocado. Pensei que a epilepsia era algo que você só podia ter quando criança e crescer com ela, não achava que poderia vir na vida adulta. O neurologista me disse que pode ser desenvolvido em qualquer idade”, relatou Annie ao o Liverpool Echo.
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Problemas na fala após convulsões
Ainda constrangida pelos boatos de embriaguez que circulavam na repartição em que trabalhava, a fonoaudióloga especializada em fala e comunicação afirmou que demorava cerca de seis ou sete minutos para voltar a falar cada vez que tinha uma convulsão, o que claramente demonstrava um problema grave de saúde.
Segundo o neurologista do centro clínico The Walton Center, a paciente sofre de crises convulsivas focais – condição epilética em apenas um lado do cérebro. Geralmente, elas são desencadeadas por problemas emocionais, cansaço e deficiência na nutrição.
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Mudança de vida
Annie afirma que o diagnóstico fez toda diferença na qualidade de vida, mas lamenta a perda de uma parte de sua independência.
Agora, ela necessita de supervisão médica e familiar diária. Antes de receber os remédios para controlar a condição, Annie sofria cerca de duas ou três convulsões por dia, por cerca de três semanas. Hoje, ela tem crises cerca de duas a três vezes por semana.
“Eu não posso mais dirigir, não posso tomar banho sem acompanhante e nem nadar sem a ajuda de um salva-vidas […] Muito da minha independência acabou de ser tirada de mim”, lamenta a mulher.
Para ela, que trata pacientes com epilepsia, é difícil estar na mesma condição que eles. A situação inesperada deixou uma grande lição de vida para Annie Newcomen, que agora aconselha a todos para que aproveitem a vida.