Decisão ocorreu durante assembleia na tarde desta sexta-feira (6) e funcionários retornam ao trabalho na segunda (9)
s funcionários dos Correios na região de Campinas (SP) encerraram na tarde desta sexta-feira (6) a greve iniciada há 17 dias. A categoria retorna ao trabalho a partir de segunda-feira (9). A decisão foi tomada após assembleia na sede do sindicato da categoria (Sintect/Cas).
De acordo com o sindicato, os grevistas recusaram a proposta de acordo coletivo do TST, mas acataram a decisão da maioria das entidades filiadas à federação dos trabalhadores.
“Recusamos para manter nossa posição de que poderíamos ter avançado nessa negociação. Como somos filiados à federação nacional, temos de respeitar a decisão da maioria”, comentou Luciano Zubinha, diretor de comunicação do Sintect/Cas.
Proposta
Veja os principais termos da proposta de acordo coletivo apresentada durante audiência de conciliação pelo vice-presidente do TST, ministro Emmanoel Pereira, na quarta-feira.
- Reajuste de 2,07% (INPC) nos salários e benefícios retroativo ao mês de agosto deste ano
- Compensação dos dias parados, no total de 64 horas, até 30 de dezembro, sendo 6 horas aos sábados para quem trabalha de segunda a sexta-feira. Para quem trabalha aos sábados, 4 horas de segunda a sexta-feira e 2 horas aos sábados.
- Manutenção de todas as cláusulas sociais por dois anos. No caso da cláusula que trata do plano de saúde, dependeria do processo de mediação, em curso no TST.
Motivos
De acordo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), entre os motivos da greve estão o fechamento de agências, pressão para adesão ao plano de demissão voluntária, ameaças de demissão sob alegação de crise e privatização, corte de recursos e funcionários, falta de concursos, mudanças no plano de saúde e suspensão de férias.
Além disso, a categoria rejeitou o reajuste de 3% proposto pelos Correios a partir de janeiro. Os trabalhadores reivindicam reajuste retroativo à data-base da categoria, que é 1º de agosto.
Os Correios afirmam que a mobilização nas bases sindicais começou antes de ser apresentada a proposta financeira, entre outras cláusulas que estavam em negociações. Nos últimos dois anos, a empresa pública apresentou prejuízos que somam aproximadamente R$ 4 bilhões.