Defesa afirma que vai recorrer da decisão. Caso ocorreu em 13 de maio.
O funileiro de 25 anos acusado por jogar a filha recém-nascida por cima de um muro em Santa Bárbara d’Oeste (SP) vai júri popular. O caso ocorreu em 13 de maio deste ano e a menina, que na data tinha 17 dias de vida, ficou internada por nove dias. A vítima se recupera bem, segundo uma tia dela.
O acusado está preso desde a data do crime. O Ministério Público do Estado (MP-SP) denunciou o homem em 6 de junho por tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil, com emprego de meio cruel, contra a mulher por razões do sexo feminino envolvendo violência doméstica, contra pessoa menor de 14 anos e na presença de ascendente da vítima.
A advogada que representa o funileiro, Joyce Correia de Souza, afirma que vai entrar com recurso em sentido estrito contra a decisão da Justiça de levar o caso a júri popular. Como o processo está em segredo de Justiça, a advogada optou por não comentar a linha da defesa.
Segundo uma tia da menina, a criança tem se recuperado bem e segue tomando medicamento anticonvulsivo, com redução das doses e acompanhamento médico mensal. A mulher conta também que a mãe da vítima também está bem.
Na denúncia, o MP-SP também pediu medidas protetivas para evitar a aproximação do funileiro e que ele tente qualquer tipo de comunicação com a ex-companheira e com a filha.
O caso
A família comemorava o Dia das Mães quando o crime aconteceu. A denúncia da Promotoria descreve que o funileiro foi ao mercado, e ao voltar para a casa, estava embriagado. Ele começou a discutir com a namorada e, em um momento, tirou a criança dos braços dela e jogou contra a parede.
O bebê caiu na casa de um vizinho, sobre areia e cimento, e foi socorrida para o pronto-socorro. O muro tinha uma altura de 2,5 metros e, próximo ao local da queda, havia um vergalhão. A mulher gritou por socorro e também foi socorrida pelos vizinhos.
A Guarda Municipal foi acionada, e ao chegar no local, encontrou o homem trancado em um cômodo da casa. Segundo informações dos guardas, moradores queriam linchar o funileiro. Ele foi preso em flagrante.
A criança foi encaminhada para o Pronto-Socorro (PS) Edson Mano e transferida para o Hospital Estadual de Sumaré (HES) na noite do crime, onde permaneceu internada até ter alta em 21 de maio.
Problemas com álcool
Uma parente da vítima contou que o acusado teve envolvimento com álcool no passado e voltou a beber no dia em que ocorreu o caso, após dois anos. Também narrou que, até então, o funileiro tratava bem a bebê e eles não tinham discussões da mesma proporção que a ocorrida no dia do crime.
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