Garota espancada por ser lésbica desabafa: ‘Agradeço por estar viva’

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Jovem conta que o motorista do carro pediu para o comparsa liberá-la após notar que ela estava com o rosto sangrando. Eles fugiram em seguida sem levar nenhum pertence da vítima.

Por G1 Santos

A estudante de 19 anos que foi brutalmente agredida ao passar por uma rua no bairro Sítio do Campo, em Praia Grande, no litoral de São Paulo, afirma que um dos agressores estava armado e deu uma coronhada em sua testa. Ela conta que o motorista do carro pediu para o comparsa liberá-la após notar que ela estava com o rosto sangrando.

“Deixa ela descer, o rosto dela tá sangrando”, disse o motorista do carro que, segundo a vítima, não chegou a agredi-la. Ela conta que os socos e chutes foram efetuados pelo homem que estava no banco do passageiro e diz que ficou assustada ao notar que ele estava armado.

“Eu só pedia para descer e ir embora. Eles não falavam nada, só continuava batendo”, lembra a vítima, agredida por volta das 18h30 do último domingo (28) ao sair do Terminal Tude Bastos.

Segundo ela, o homem iniciou a abordagem perguntando as horas. Ela estava caminhando pela Avenida do Trabalhador e não notou porque estava com fones de ouvido, mas, depois que percebeu, acabou respondendo. Ela continuou andando, mas ele pediu sua bolsa e o celular.

Ao notar que foi ignorado pela garota, o homem que estava sentado no banco do passageiro desceu do carro e perguntou se ela gostava de ser menino. Ela disse que sim e ele retrucou afirmando que então ela iria apanhar igual a um menino. Nesse momento, ela foi agredida com um soco na costela e um chute na perna.

Ele a empurrou para dentro do banco da frente do carro e o motorista seguiu até a Travessa Armando Lichti Filho. A jovem foi agredida ao longo do trajeto e o agressor só parou depois que o outro disse que ela estava sangrando. Ele abriu a porta e disse que se ela reconhecesse a dupla eles voltariam para matá-la. “No começo eu pensei que tinha sido assaltada, nem tinha raciocinado”, conta.

Eles fugiram em seguida sem levar nenhum dos pertences da garota. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o caso segue sob investigação da Delegacia de Defesa da Mulher.

Recuperação

Após o episódio, a jovem ficou internada durante três dias no Hospital Irmã Dulce. Ela teve uma lesão na coluna e rompimento no estômago. “A gente não espera [que isso aconteça]. Eu agradeço a Deus por estar viva”, desabafa.

Agora, a expectativa da família é que a justiça seja feita e os autores sejam presos. Quem tiver informações que possam ajudar a polícia a localizar os criminosos pode entrar em contato pelo 190 ou por meio do Disque Denúncia 181.

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