Gestante descobre perda de bebê 3 dias após buscar atendimento no interior de SP; família acredita em negligência

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Emili Isabele Pereira de Souza, de 18 anos, teve perda de líquido e cólica, mas foi liberada na Santa Casa de São João da Boa Vista (SP). Hospital diz que seguiu todos os protocolos necessários.

Uma gestante de São João da Boa Vista (SP) descobriu que perdeu a bebê três dias depois de ter perda de líquido e cólicas e procurar atendimento na Santa Casa Dona Carolina Malheiros. A família acredita em negligência médica e registrou boletim de ocorrência.

O hospital informou que todos os protocolos necessários de atendimentos foram realizados. (veja abaixo o posicionamento).

Perda de líquido e cólicas

Emili Isabele Pereira de Souza, de 18 anos, estava ansiosa com a chegada da primeira filha Maria Cecília. A cesárea foi agendada para o dia 14 de setembro, dia do aniversário dela. Três dias antes, Emili percebeu que estava perdendo algum tipo de líquido, que poderia ser da placenta, e foi até o hospital.

“A gente voltou no domingo duas vezes lá para ver o que estava acontecendo, com essa perda de líquido, essa cólica. Falaram que eu era ansiosa, que era para eu aguardar até a data da cesárea”, disse.

No dia da cesárea, ela descobriu que a criança já estava morta. “Eu fui fazer os exames para ver como estava. Ai a hora que eles foram escutar o coraçãozinho já não tinha mais batimento, na cardio também não tinha sinal de vida. Mandaram para o ultrassom e constou que não tinha nenhuma gota de água na placenta e nenhum sinal vital dela”, disse.

Busca por justiça

O berço, a gaveta cheia de roupas e o primeiro sapatinho emocionam o casal. “Não consigo entrar no quarto e não chorar, parar um minuto sem pensar nela, que eu queria que ela estivesse aqui no meu colo. Eu estou em choque, não foi falta de cuidado nosso, não foi falta de atenção, foi pura negligência médica”, afirmou o pai João Guilherme Ferreira Diniz.

A mãe da Emili, Carina Cazarini Pereira, conta que foi um momento muito difícil e que precisou chamar a polícia para registrar boletim de ocorrência, devido à demora no atendimento.

Agora, eles esperam que outras pessoas não passem pela mesma dor. “A gente vai lutar por justiça, a gente vai reunir provas, reunir pessoas que também passaram por isso e a gente vai lutar por justiça até o fim”, afirmou a mãe de Emili.

“O último exame que declarou o óbito foi o ultrassom 8h15, subiram com ela e deixaram ela até 12h15 no quarto normal, com ela tendo dor e a criança já em óbito com ela, então eu vi a necessidade de chamar a polícia, porque ninguém tomava uma providência, sempre com desculpa que não tinha horário, com desculpa que estava com problema na sala cirúrgica. Então eu realmente precisei chamar a PM e só foi levada para a sala de cirurgia depois que a PM chegou. É muito difícil você chegar no hospital para internar sua filha para levar uma netinha para casa e sair de lá carregando um caixão”, lamentou a Carina.

O que diz a Santa Casa

Em nota, a assessoria da Santa Casa de São João informou “que a paciente foi atendida” e “avaliada por médicos obstetras”. No dia 11, três dias antes da data do parto, “a paciente foi medicada e fez novos exames, que apresentaram resultados dentro da normalidade”.

A nota diz ainda “que a Santa Casa iniciou todos os procedimentos legais para apuração dos fatos”.

Sobre a demora para retirada da bebê que já estava sem vida, o hospital informou que todos os protocolos necessários de atendimento foram realizados.

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