Unidade deve oferecer 1,5 mil almoços e 300 cafés da manhã por dia. Reitor destaca continuidade do bandejão e prevê abertura no campus de Campinas (SP) entre um e dois anos.
O governador de São Paulo, Márcio França (PSB), oficializou nesta quinta-feira (27) autorização para implantação do restaurante popular Bom Prato na Unicamp. De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Social, ele deve oferecer diariamente até 1,5 mil almoços e 300 cafés da manhã.
O reitor da universidade, Marcelo Knobel, disse que a abertura da unidade deve levar entre um e dois anos para ser efetivada, uma vez que o projeto executivo do prédio em Campinas (SP) não está finalizado. O serviço consta entre as reivindicações que ele deve levar ao governador eleito, João Doria (PSDB).
“Ele terá que ser construído ainda e o estado vai operar, por meio de secretaria, esse Bom Prato. Eu imagino que isso vai demorar no mínimo um ano, talvez dois. Os benefícios são inúmeros para a população que frequenta nosso sistema hospitalar, para a comunidade, os moradores de Barão Geraldo. É um serviço importante para toda população, principalmente a mais carente”, explica.
O prazo não foi confirmado pelo estado até esta publicação. Por outro lado, segundo o estado, a intenção é levar a estrutura do restaurante para a USP, Unesp e unidades do Centro Paula Souza.
Refeições do Bom Prato
- Almoço
A refeição tem média de 1,2 mil calorias e custa R$ 1. Ela é composta, em geral, por arroz, feijão, salada, legumes, um tipo de carne, farinha de mandioca, pãozinho, suco e sobremesa.
- Café da manhã
Ele tem média de 400 calorias e, de acordo com a secretaria, inclui leite com café, achocolatado ou iogurte, pão com margarina, requeijão ou frios e uma fruta da estação. O preço é de R$ 0,50.
Atualmente, Campinas tem uma unidade na Rua Moraes Sales, Centro, onde serve diariamente 2,1 mil almoços e 300 cafés da manhã, de acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Social.
Bandejão mantido
Apesar do aval para abertura do Bom Prato, a Unicamp garantiu que manterá o funcionamento dos restaurantes universitários, chamados de “bandejões” pela comunidade interna.
“Ele [restaurante popular] vai complementar todas as atividades que a Unicamp já oferece. Acredito que possa gerar economia, uma vez que parcela dos usuários pode eventualmente se beneficiar e nós produziremos menos refeições. É algo ainda a ser estimado”, diz Knobel.
Em 2017, entre uma série de medidas para tentar aliviar as despesas, a universidade aprovou aumento de R$ 2 para R$ 3 no valor das refeições, exceto para grupo que tem direito à isenção.