Governador de SP muda discurso e diz que acordo com caminhoneiros feito ontem é um ‘pré-acordo’

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Primeiro ponto alegado por ele é que 90% dos caminhoneiros desmobilizaram os bloqueios e as paralisações nas rodovias estaduais, mas que o combinado era o de que 100% dos manifestantes liberassem as pistas.

O governador de São Paulo, Márcio França (PSB), mudou o discurso feito neste sábado (27) por ele mesmo, após reunião com representantes dos caminhoneiros que fazem paralisações em rodovias no estado. Em coletiva à imprensa neste domingo (28) no Palácio dos Bandeirantes, ele afirmou que o acordo definido neste sábado era “um pré-acordo”.

“Chegamos ontem, como vocês acomoanharam, bem próximos de um pré-acordo com boa parte da categoria, os moços que estiveram aqui, que representam diversos segmentos, retiraram cerca de 90% da paralisação. Eram mais de 13 mil homens que estavam nas ruas e agora são 1,3 mil. Do total de paralisação, que eram 200, agora são 20. Estamos aguardando o presidente da República, o governo Federal”, disse o governador.

O primeiro ponto alegado por ele é que 90% dos caminhoneiros desmobilizaram os bloqueios e as paralisações nas rodovias estaduais e o acordo deste sábado previa que 100% deles saíssem dos locais de protesto. “Msis cedo, o ministro [Carlos] Marum me ligou e disse que conseguiu equacionar dois dos pontos, que a bomba funcionasse com R$ 0,41 a menos na bomba e conseguiu equacionar que fosse uma medida provisória para valer no país inteiro, que tirasse do pedágio o preço do eixo levantado. Entretanto, não conseguiu encontrar o jeito de prazzo ficar em 60 dias. Como era uma das reivindicações dos caminhoneiros, eles preferiam, então, não desmobilizar 100% da categoria deles”, disse o governador.

Ele afirmou que vai adiar de terça-feira para quinta-feira, “a pedido deles, para a gente vigorar a mudança no pedágio a partir de quinta-feira. Espero que daqui pra lá, como tem mais dois dias úteis, tem alguns assuntos pendentes que podem ser resolvidos lá no Congresso. Tem a votação da PL 121, que é a segunda votação, no Senado, que pode ser importante. Tem na Câmara, uma lei geral, dos transportes, que eles entendem que eles entendem ser importante.”

França disse que a parte dele foi cumprida e que concorda em esperar mais dois dias para a solucação de todo impasse. “Seria bom começar a semana com tudo funcionando, o prefeito já tinha autorizado que a gente pudesse trabalhar sem aquele limite de horário, restrição de caminhões, mas infelizmente não foi possível.”

“Os caminhoneiros estão cumprindo o acordo, desmobilizando. O governo Federal também está tentando fazer sua parte, mas ainda não consegue atender a todas as demandas. Então, vamos intermediar outro prazo para a desmobilização do movimento para a zero hora de quinta-feira”, disse França.

Outro ponto negociado neste sábado é a suspensão da cobrança de tarifa de pedágio para eixo elevado dos caminhões nas rodovias paulistas. A suspensão começaria na próxima terça-feira (29), mas deve ser iniciada na quinta-feira (31). Segundo o governador, a previsão é de R$50 milhões a menos arrecadados por mês.

A contrapartida dos caminhoneiros era o desbloqueio das rodovias do estado até terça-feira. “Não há retrocesso. O que foi pactuado com o governo de São Paulo está mantido”, disse o governador.

Além de deixar de cobrar a tarifa por eixo suspenso nos pedágio, o governo de São Paulo, segundo França, irá fiscalizar se a redução de 10% do governo no preço do diesel chegou às bombas nos postos.

Segundo o governador, esse é o impasse que o ministro Carlos Marun lhe repassou sobre a isenção da cobrança do eixo suspenso para todo o país, garantia de que a redução de 10% no preço, R$ 0,46 no litro do diesel, chegue às bombas nos postos de combustível e 60 dias sem reajuste no preço do diesel. O governador disse que há detalhes orçamentários e jurídicos para garantir a redução do preço do combustível. “Às vezes a gente quer tomar uma decisão, mas não pode por restrições orçamentárias ou questões jurídicas, impedimentos legais.”


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