Governo de SP vai abrir escolas estaduais para oferecer merenda aos alunos mais vulneráveis a partir de 1º de fevereiro

Alunos do ensino fundamental da EE Dumont Villares na entrada e saída para as aulas e no horário da merenda,sempre acompanhados por Agentes de Organização.
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Ensino público estadual possui cerca de 3,5 milhões de alunos. Destes, 770 mil são considerados mais vulneráveis e serão priorizados. Aulas presenciais retornarão no dia 8 de fevereiro.

O governo de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (27) que abrirá as escolas estaduais para oferecer merenda aos estudantes a partir do dia 1º de fevereiro. O retorno das aulas na rede estadual foi adiado para o dia 8 do mesmo mês.

O ensino público estadual possui cerca de 3,5 milhões de alunos no total. Segundo a gestão João Doria (PSDB), serão priorizados os 770 mil estudantes considerados mais vulneráveis que já fazem parte de outros programas sociais como o Bolsa Família. Durante a pandemia, parte dos alunos recebeu R$ 55 por mês, por meio do programa “Merenda em Casa”.

“A partir do dia 1º de fevereiro, a rede estadual de educação vai oferecer a merenda completa para todos os alunos da rede pública estadual, seguindo o esquema de revezamento para evitar aglomerações e obedecer aos critérios sanitários. O objetivo é garantir a segurança alimentar, principalmente, aos alunos mais vulneráveis, no total de 770 mil estudantes. Os alunos poderão se dirigir às suas respectivas escolas diariamente para se alimentar”, disse Doria, durante coletiva de imprensa.

O secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, afirmou que outros alunos que estejam frequentando a escola para atividades extracurriculares também podem solicitar a merenda.

“Quando a gente serve a merenda na escola, em torno de 60 a 65% dos alunos comem todos os dias, não são todos. E grande parte deles não tem a preocupação da falta da alimentação em casa. Nós estamos priorizando aqueles, sim, que são mais vulneráveis. [Mas] o sistema não está fechado para todos os estudantes, ele está aberto. Então, haverá uma capacidade física para que não tenha aglomerações. Se tiver mais alunos solicitando, […] é para todos. Então, a alimentação é para todos e diariamente, mesmo que ele não tenha atividade pedagógica ele poderá ir para escola. Obviamente, tendo a condição para que não haja aglomeração”, disse.

Ainda de acordo com o governo, para garantir que não haja desperdício de comida, é necessário que os pais ou responsáveis façam um cadastro na internet.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (27). — Foto: Reprodução/TV Globo

Volta às aulas adiada

Na última sexta-feira (22), o governo de São Paulo decidiu adiar o início das aulas da rede estadual, antes previsto para o dia 1º de fevereiro, e suspendeu a obrigatoriedade do retorno presencial dos alunos de todas as escolas do estado nas fases laranja e vermelha da quarentena.

A decisão foi anunciada por conta do aumento de casos e mortes por coronavírus no estado, e ocorreu após o governo determinar novas medidas de endurecimento da quarentena. A autorização para as escolas particulares e municipais retornarem às aulas no dia 1º de fevereiro foi mantida.

A previsão é a de que o ano letivo comece de forma híbrida, com aulas tanto em formato presencial quanto à distância. As escolas estarão abertas na primeira semana de fevereiro para atender aos alunos e às famílias que desejarem.

Os estudantes que serão beneficiados com alimentação nas escolas terão direito às refeições mesmo nos dias em que tiverem aulas à distância. Em dezembro, o governo mudou as regras de flexibilização da quarentena e chegou a autorizar o retorno das aulas presenciais da rede básica de ensino em 2021 mesmo se o estado registrasse piora na pandemia de coronavírus, o que ocorreu.

A medida valia inclusive caso o estado voltasse para fases mais restritivas das flexibilizações econômicas estabelecidas pelo plano estadual. Com a suspensão da obrigatoriedade da presença dos alunos em sala de aula, as famílias poderão optar por deixar em casa ou mandar para escola.

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