Eu fico com a beleza da pureza das crianças… É a vida! É bonita! E é bonita!
Começo esse artigo com as palavras poéticas de Gonzaguinha, que enaltecem as crianças, para expor algumas questões importantes sobre a juventude e as responsabilidades que podem ser atribuídas ou assumidas nessa tenra idade.
É enorme a exposição que a adolescente sueca, Greta Thumberg (16 anos), vem ganhando ao desempenhar um ativismo ambiental agressivo, cativante para muitos, antipático para outros muitos e possivelmente útil em pelo menos duas frentes.
Uma dessas duas frentes pode gerar o aproveitamento de que o tema “ecológico” está em evidência e de carona com essa “onda” alguns países podem ser forçados (por conta da opinião pública) a adotar medidas de proteção ao meio ambiente, o que é sempre salutar visto que vivemos dentro do “meio ambiente”!
O outro fronte diz respeito à uma certa imposição da agenda ambientalista, que nem sempre estaria em primeiro plano e alinhada com as necessidades emergenciais de alguns países, o que pode desviar ações e recursos importantes de outras áreas para a pauta ecológica.
Imagine um país onde a taxa de mortalidade infantil é altíssima por conta da falta de saneamento básico, de atendimento médico precário e de alimentação deficiente. Um exemplo disso são as populações ribeirinhas que vivem na Amazônia. Caso não houvesse recursos para atuar conjuntamente na frente ambiental e na infraestrutura, saúde e na alimentação: O que o governo brasileiro deveria salvar primeiro? As crianças ou porções de floresta?
Eu não teria dúvida e salvaria as crianças! Mas tem muita gente optaria pela floresta e talvez essa porção de pessoas representasse um grande peso na opinião pública, que poderia “fritar o filme” de um governante que escolhesse a mesma opção que eu.
Um ponto interessante de se pensar é qual a bagagem cultural, prática, teoria e científica que uma adolescente de 16 anos que nasceu nos confins do hemisfério norte pode ter e quais os fundamentos que ela tem para levantar tantos pontos problemáticos de nações tão distantes.
Não tenho interesse em descredibilizar a Greta, admiro sua iniciativa e acredito que ela tenha boas intensões, mas acho que ela possa estar sendo influenciada e utilizada por macroestruturas, obviamente compostas por adultos que desejam influenciar a política mundial para a pautar uma agenda ambiental.
Nesse sentido posso pensar que algumas dessas essas pessoas realmente tenham interesse na saúde do meio ambiente e que suas preocupações são legítimas e boas.
Mas também posso pensar que dentre essas pessoas, existem aquelas que produzem e vendem soluções para problemas ambientais e que teriam interesses comerciais através da realização de projetos pelos países atacados mais fortemente pelos protestos dos ambientalistas.
Assim como posso supor uma terceira via, que seria o de denigrir alguns líderes que não vão adotar medidas ambientalistas, ao passo que vão promover as imagens de ativistas ambientais, de forma que em alguns anos teremos alguns deles como candidatos a cargos públicos.
Findo com os dizeres de três personalidades brasileiras:
Em uma entrevista o navegador Amir Klink ressalta que no meio ambiente, ,o “bicho homem” não vem sendo cuidado como deveria!
O jornalista Willian Waack destacou que chefes de estado não devem brigar com “pirralhos” porque sempre perdem essas brigas, fazendo menção à mais uma fala descuidada de Jair Bolsonaro.
O filósofo Luis Felipe Pondé ressalta a infantilização psicológica das pessoas, tanto do povo quanto dos expoentes que as massas assimilam como seus ídolos e diz que há algumas décadas seria inconcebível adultos aceitarem ser liderados por uma pessoa que mal deixou as fraldas.
Saliento que nenhuma das três citações é literal e pergunto se o trabalho de Greta não cairia como exploração infantil em alguns países!
Que todos tenham um ótimo e revigorante final de semana!
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