Já serviços como SEDEX e PAC continuam sendo postados e entregues em todo o país, segundo a empresa. Estatal ingressa com ação de dissídio coletivo junto ao TST.
Os Correios decidiram suspender temporariamente as postagens de serviços com hora marcada (Sedex 10, Sedex 12, Sedex Hoje) por causa da greve dos funcionários da empresa iniciada na quarta-feira (11).
Apesar da suspensão de parte dos serviços, os Correios afirmam que a rede de atendimento está aberta em todo o país e que serviços como “SEDEX e PAC continuam sendo postados e entregues em todos os municípios”. Para mais informações, os clientes podem entrar em contato pelo telefone 0800 725 0100.
A estatal informou ainda que já colocou em prática o chamado “Plano de Continuidade de Negócios “para minimizar os impactos da paralisação de funcionários à população. “Medidas como o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação, remanejamento de veículos e a realização de mutirões estão sendo adotadas”, disse a empresa.
Os funcionários dos Correios entraram em greve geral por tempo indeterminado. Segundo a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), que todos os 36 sindicatos de trabalhadores dos Correios aderiram à greve por tempo indeterminado.
A direção dos Correios ingressou ainda na quarta-feira com ação de dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST). A audiência de conciliação está marcada para esta esta quinta-feira, às 13h30, em Brasília.
Razões da greve
A categoria pede reposição da inflação do período e é contra a privatização da estatal, que foi incluída no mês passado no programa de privatizações do governo Bolsonaro.
Os trabalhadores querem também a reconsideração quanto a retirada de pais e mães do plano de saúde, melhores condições de trabalho e outros benefícios.
O que diz a empresa
Em nota, a direção dos Correios informou ter participado de 10 encontros com os representantes dos trabalhadores para apresentar propostas dentro das condições possíveis, “considerando o prejuízo acumulado na ordem de R$ 3 bilhões”.
Ainda segundo a empresa, a paralisação dos funcionários “agrava ainda mais a combalida situação econômica da estatal”, que vem “executando um plano de saneamento financeiro para garantir sua competitividade e sustentabilidade”.
“Os Correios contam com a compreensão e responsabilidade de todos os seus empregados, que precisam se engajar na missão de recuperar a sustentabilidade da empresa e os índices de eficiência dos serviços prestados à população brasileira”, completou.