Criminosos se passavam por funcionários de banco e aplicavam golpes em clientes. Prisão aconteceu nesta terça-feira (4), em São Vicente, no litoral paulista.
Uma central clandestina de telemarketing que aplicava golpes em clientes de um banco foi descoberta e terminou com a prisão de quatro pessoas em flagrante em São Vicente, no litoral de São Paulo. Segundo a Polícia Civil informou nesta quarta-feira (5), a prisão e investigação foram conduzidas por policiais da 1ª Delegacia de Investigações Gerais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) de Santos.
A central funcionava em um prédio residencial no bairro Boa Vista. A polícia encontrou o escritório na tarde desta terça-feira (4). Segundo a corporação, o local foi transformado em um escritório, ambiente preparado como central telefônica, com computadores, celulares e eletrônicos utilizados para a prática de estelionato.
No local, quatro suspeitos foram presos: um homem de 36 anos, apontado como líder, e três mulheres que entravam em contato com as vitimas, oferecendo créditos financeiros como se fossem funcionárias do Banco Santander. De acordo com o boletim de ocorrência, elas enviavam um link de acesso e copiavam dados bancários, retirando dinheiro da conta das vítimas.
Segundo a polícia, eles decidiram falar apenas em juízo, entretanto, duas indiciadas confessaram informalmente aos investigadores entender que a atividade era criminosa. Elas ainda alegaram que havia a necessidade de trabalhar para seu sustento, como motivação da prática.
Ainda durante a conversa informal, de acordo com as autoridades, foi relatado que, no serviço, o valor combinado era de 10% do que eles conseguiam com as vítimas, dos 25% que o homem apontado como líder ficava. A afirmação deixou a entender que há outros envolvidos no esquema da central clandestina.
Os suspeitos foram presos em flagrante por estelionato e integração de organização criminosa, sendo encaminhados para a Cadeia Pública de São Vicente. Computadores e equipamentos utilizados foram apreendidos e o caso continuará sendo investigado pela Polícia Civil.
Banco
Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, um representante do Banco Santander foi enviado para prestar esclarecimentos, alegando que as pessoas presas não têm relação com o banco. Ainda informou que esse tipo de golpe é utilizado para causar prejuízos à instituição, além de problemas para as vítimas.
Em nota, o Santander informa que nunca entra em contato via telefone com os clientes solicitando senhas, assinatura eletrônica, códigos de acesso ou outras informações pessoais. O banco investe continuamente em campanhas educativas, em seus vários canais de relacionamento e comunicação, oferecendo dicas e orientações de segurança.