Hipertensão na juventude afeta cérebro na velhice, diz estudo

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A pressão alta em jovens normalmente apresenta consequências mais precoces na função renal, alterações cardíacas, como sobrecarga no coração.

Uma pesquisa realizada pela Associação Americana do Coração apontou que a hipertensão pode causar danos não somente ao coração, mas também ao cérebro e função cognitiva. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o problema atinge mais de 1,28 milhões de pessoas entre 30 e 79 anos.  

A pesquisa descobriu que pessoas entre 20 e 40 anos com pressão alta tiveram mudanças cerebrais quando chegaram à meia-idade, próxima aos 55 anos, o que influencia diretamente em um maior risco para declínio cognitivo na fase idosa.  

“Os resultados sugerem que os profissionais de saúde considerem tratamentos contra a pressão alta mais agressivos para os adultos jovens, a fim de prevenir alterações cerebrais mais tarde”, relatam os pesquisadores. 

O médico cardiologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Flávio Tarasoutchi, relatou em entrevista para a Agência Einstein que “foi surpreendente ver mudanças cerebrais mesmo na pequena amostra de participantes do estudo. A pressão alta em jovens normalmente apresenta consequências mais precoces na função renal, alterações cardíacas, como sobrecarga no coração. Porém, é menos evidente, nesta idade, [ter] alterações cognitivas, que normalmente são mais tardias”.  

Tarasoutchi ressaltou que o estudo traz a luz a importância de jovens abaixo dos 30 anos procurarem avaliação clínica e fazerem atividades físicas, principalmente quando existe um histórico familiar para doenças cardiovasculares.

O médico diz ainda que outras condições cardiovasculares podem causar alterações no cérebro e levar a doenças neurodegenerativas, entre elas, o uso de cigarro, obesidade e descontrole do colesterol, que vão atingir de maneira gradativa o cérebro.

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