Operação ‘Invoice’ da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Campinas (SP) cumpre 15 mandados de prisão e 26 de busca e apreensão nesta segunda-feira (27). Crimes são apurados em SP e MG.
A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Campinas (SP) prendeu o homem apontado como chefe de uma quadrilha de estelionatários, que atuava em redes sociais e sites de compra pela internet entre os estados de São Paulo e Minas Gerais. O suspeito foi detido em casa, em Sumaré (SP). Desde as 4h desta segunda-feira (27), a operação ‘Invoice’ cumpre 15 mandados de prisão e 26 de busca e apreensão.
Até o início da tarde, dez pessoas já tinham sido presas, entre elas uma mulher. Os golpes vinham sendo aplicados há cerca de 1 ano, e o prejuízo gerado às empresas foi calculado pela polícia em R$ 5 milhões.
Segundo a investigação, o homem já havia sido preso por estelionato em novembro de 2019, mas foi solto após audiência de custódia. No entanto, ele continuou sendo acompanhado pela Polícia Civil, que descobriu como funcionava o esquema.
Esquema tinha clonagem de cartões e desvio de cargas
Delegado responsável pelo caso, José Carlos Fernandes afirma que o suspeito tinha um grupo no Whatsapp e fazia encomendas para outros estelionatários. Pegava os produtos e revendia por um preço mais barato na internet. Na casa dele, eletroeletrônicos e eletrodomésticos foram apreendidos.
“Esse líder […] tinha um grupo de Whatsapp e integravam toda essa quadrilha indivíduos que tinham cada um a sua conduta, uma divisão de tarefas. Um responsável pela clonagem de cartões, outro pela falsificação de documentos, desvio de cargas. Enfim, havia toda uma aquisição de mercadorias de uma forma ilícita que eram, então, repassadas a esse líder, que, por sua, vez, adquiria por um preço bem abaixo do mercado e os revendia na internet”.
Vítimas de estelionato
Empresas e pessoas físicas foram vítimas da quadrilha, segundo a polícia. A investigação ainda busca outros integrantes do grupo criminoso e outras eventuais pessoas prejudicadas pelas ações dos estelionatários.
Segundo o delegado, os produtos apreendidos serão devolvidos para as vítimas já identificadas.
Conduta individualizada
A conduta de cada suspeito será individualizada, segundo ao delegado.
“Estamos apurando as responsabilidades pelos crimes de estelionato, receptação, falsificação de documentos, falsidade ideológica e também de lavagem de dinheiro”.