De acordo com Anderson Ribas, ele percebeu se tratar de um golpe após o suposto vendedor não ter enviado o código de rastreio da compra e o bloquear nas redes sociais.
Um morador de São Vicente, no litoral de São Paulo, caiu em um golpe ao tentar comprar pela internet um iPhone 11 por quase metade do preço atual de mercado. Após o depósito do valor, o suposto vendedor o bloqueou, tanto no aplicativo de mensagens por onde fizeram as negociações quanto em outras redes sociais.
Anderson Ribas, de 30 anos, conta que perdeu R$ 2 mil. O morador explica que na última terça-feira (10) comprou um celular iPhone 11 com um suposto vendedor que já o havia chamado anteriormente tentando vender aparelhos celulares pelo Instagram.
Ele explica que a conversa migrou para o Whatsapp, onde a compra foi acertada. O celular de 64 gigabytes (GB) saiu por R$ 2 mil, com frete já incluso neste valor, segundo ele.
“Os valores eram baratos, dava para desconfiar, mas ele [o vendedor] disse que estavam em promoção”, explica Ribas. Por diversas vezes, Anderson questionou o vendedor [veja abaixo], pedindo para que um motoboy levasse o celular até o local. Depois disso, ele daria o valor. Porém, o suposto vendedor insistiu no pagamento antecipado.
“Eu não confio em pagar e receber de verdade, [já] levei um golpe”, disse Ribas durante a conversa com o vendedor. O morador afirma que, apesar de ter desconfiado, ao ver fotos de clientes nas redes sociais da empresa recebendo os celulares e dando retornos positivos, ele decidiu confiar no vendedor.
Anderson explica que comprou o celular para um amigo que mora na cidade do Rio de Janeiro (RJ). O fato da empresa ter informado que realizava entregas para todo o Brasil foi determinante para que ele optasse por ela.
A transferência via PIX no valor R$2 mil foi realizada. O titular da conta se tratava do próprio vendedor, que informou que o despacho seria feito até as 16h do mesmo dia e que um código de rastreio seria enviado para ele após 20 minutos.
Após as 16h, o link não foi enviado. Por isso, Anderson questionou o vendedor, que afirmou que o envio do aparelho celular seria feito até as 18h30. Segundo o morador, o aparelho celular não chegou ao endereço de entrega.
Por volta das 19h, ele chegou a mandar novas mensagens ao suposto vendedor, mas já estava bloqueado no aplicativo de conversas e também no Instagram da empresa. “Peguei outros telefones e mandei mensagens para o mesmo número e respondiam normalmente”, explica.
Em uma dessas conversas simuladas, Anderson se passou por um novo cliente e perguntou se poderia buscar o celular na sede da empresa, que supostamente ficaria localizada em Campinas (SP). Porém, o vendedor informou que a loja física estava passando por reforma interna e que apenas os envios e compras online estavam sendo feitas pelo comércio.
Anderson registrou um boletim de ocorrência de fraude e estelionato na Delegacia Eletrônica no mesmo dia em que o golpe ocorreu. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o caso foi encaminhado ao 1º Distrito Policial de São Vicente, que aguarda o comparecimento da vítima na delegacia para receber mais informações sobre os fatos.