Ricardo Aparecido de Carvalho, de 36 anos, foi baleado no fim da manhã de segunda-feira (20). Investigadores farão perícia nos celulares da vítima para tentar elucidar a motivação do crime.
O corretor de imóveis Ricardo Aparecido de Carvalho, de 36 anos, baleado em frente ao Colégio Adventista de Paulínia (SP), não costumava buscar a filha na escola. A Polícia Civil explicou nesta terça-feira (21) que isso aconteceu na segunda (20), dia do assassinato, porque a mulher de Ricardo, mãe da criança, perdeu a hora para acordar.
Ainda na segunda-feira, a Polícia Civil iniciou os depoimentos para identificar suspeitos e entender a motivação do crime. “A esposa informa que, normalmente, era ela que levava e buscava os filhos à escola, só que, eventualmente, o pai se dispunha em buscar, o que foi o caso de ontem. Ela narra que perdeu hora ao acordar, o pai já estava pronto e se dispôs a ir buscar “, diz o delegado Roney de Carvalho.
Ao parar o veículo, o corretor foi baleado por um homem que desceu de um veículo estacionado a poucos metros. O criminoso correu em direção à vítima e disparou ao menos nove vezes, sendo que pelo menos cinco atingiram o corpo do homem.
Após efetuar os disparos, o criminoso voltou para o carro em que estava e fugiu. O veículo era dirigido por um comparsa. A vítima chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital.
O enterro de Ricardo Aparecido de Carvalho está previsto para as 15h desta terça-feira, no Cemitério dos Amarais, em Campinas (SP).
Celulares serão periciados
No carro do corretor de imóveis, a Polícia Civil informou que foram encontrados três celulares, que agora passarão por perícia.
Em depoimento, no entanto, a viúva disse ter conhecimento de apenas um aparelho. Ainda durante a oitiva, a mulher informou que desconhece qualquer ameaça contra o marido. “Os investigadores encontraram três celulares. A vítima [viúva] narra que ele só tinha um. Isso chamou a atenção da gente. Talvez ele tivesse dois para contatos de negócios que ele fazia. A esposa não sabia desses dois que foram encontrados. Vamos representar pela quebra de sigilo telefônico”, completou o responsável pelas investigações.
Colégio lamenta homicídio
Em nota, o colégio informou que está à disposição da família da vítima para oferecer aparato e apoio. Além disso, confirmou que nenhuma criança ficou ferida. “No momento da fatalidade, os estudantes e funcionários estavam em segurança”.
“A diretoria do Colégio Adventista de Paulínia reitera que está colaborando com as investigações e já reforçou a segurança no entorno”, completou o colégio, ao afirmar que repudia violência.