Homem que ateou fogo na ex companheira continua internado em estado grave

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‘Ele era muito machista’, diz filho de comerciante queimada viva pelo ex-namorado.

O agressor, Moacir Zanella continua internado em estado grave no hospital Puc-Campinas com 82% do corpo queimado, ele chegou até a loja onde sua ex companheira Nice Romulado Vieira, de 53 anos, trabalhava fechou a porta de metal e ateou combustível em seu corpo e na ex companheira.

Nice foi socorrida e levada pelo Águia da Polícia Militar ao Hospital das clínicas onde não resistiu aos ferimentos e faleceu. Ainda não se sabe se Moacir se queimou de propósito, o caso será investigado pelo 9° Distrito Policial de Campinas (SP).

‘Ele era muito machista’, diz filho de comerciante queimada viva pelo ex-namorado.

A morte da comerciante Nice Romulado Vieira, de 53 anos, queimada viva pelo ex-namorado no Jardim Vista Alegre, em Campinas (SP), deixou o filho da vítima “destroçado”. Nesta quinta (28), Daniel Romualdo da Silva falou sobre o crime e como era o relacionamento da mãe com o suspeito, Moacir Zanella, que segue internado após ficar com 80% do corpo queimado. “Ele era muito machista”, afirma.

“A gente está destroçado. Foi um crime muito brutal, ninguém está preparado para perder a mãe, ainda mais sendo da forma brutal que aconteceu.”

De acordo com o filho da vítima, Nice e Moacir se conheceram há cinco anos, mas passaram a namorar há três, sendo que o casal viveu por seis meses no mesmo teto. Há um mês, tudo acabou. Silva fiz que o ex da mãe “gostava de mulheres submissas às vontades dele”, coisa que Nice não aceitava.

“Ele era muito machista, e minha mãe muito guerreira, forte. Ela não abaixava a cabeça para ninguém. Então ela batia de frente, e ele não gostava de ser contrariado. Então, por conta disso, ele criou um rancor, um ódio da minha mãe, que eu não sei de onde veio. Por que, imagina uma pessoa que só faz o bem pra ele, e ele cria um rancor, um ódio”, diz.

Revolta

Daniel contou que acompanhou a mãe para registrar boletim de ocorrência contra ameaças feitas por Moacir, que não aceitava o fim da relação e que chegou a dizer que iria matá-la. “Foi premeditado. Ele estava sondando minha mãe há dias. Ele ameaçou dar tiros no rosto dela, falou que ia se matar”, conta.

A brutalidade do crime, registrado como feminicídio, faz com que o rapaz cobre justiça.

“A justiça tem que ser feita. Um ser humano na frente dele agonizando, e ele pedir pra deixar queimar? Isso é desumano. Ele tem que ir preso, não pode ser solto. Um ser humano desses solto é um perigo para a sociedade”.

O crime

Uma funcionária da loja de propriedade da vítima relatou aos policiais militares estar em horário de almoço, quando ouviu uma discussão na parte da frente do estabelecimento.

Ela foi até a loja pensando em se tratar de um assalto, mas ao chegar encontrou o ex-companheiro de Nice jogando combustível na vítima.

Para ajudá-la, a funcionária disse aos policiais ter entrando em confronto com o agressor, mas foi retirada do interior do imóvel pelo autor do feminicídio.

Nice foi socorrida pelo helicóptero Águia da Polícia Militar ao HC da Unicamp, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na noite de quarta-feira (27). O agressor foi levado ao Hospital PUC-Campinas, mas depois foi transferido para o Hospital Irmãos Penteado.

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