Homem que matou esposa perto do filho é condenado a 30 anos de prisão

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Sentença foi proferida na quinta-feira no Fórum da cidade. Homem está foragido e defesa espera manifestação da família para entrar com recurso contra a condenação. Vítima foi morta por asfixia.

O homem que matou a esposa enforcada em frente o filho do casal foi condenado a 30 anos de prisão em Santa Bárbara d’Oeste (SP). O júri popular ocorreu na quinta-feira (1º). Marcelo Gomes da Silva cometeu o crime em 2013 e está foragido. A defesa diz que depende de manifestação da família para entrar com recurso.

A vítima, Paula Zorzenon Queiroz da Silva, tinha 28 anos.

A sentença foi proferida pela juíza Camilla Marcela Ferrari Arcaro, no Fórum de Santa Bárbara d’Oeste, após decisão dos jurados. De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), Marcelo foi condenado por homicídio triplamente qualificado pelo motivo torpe, pelo emprego de asfixia e do recurso que dificultou a defesa da vítima.

A prisão será em regime inicial fechado. Desde julho de 2014, Marcelo teve a prisão preventiva decretada, mas nunca foi encontrado.

Segundo o advogado que representa Marcelo, Waldiner Alves da Silva, não há contato com o autor e a informação é que ele virou andarilho. “Por causa disso, dependemos de manifestação da família para entrar com qualquer recurso contra a condenação”, disse.

Na quarta-feira (31), o representante contou que Marcelo chegou a se preparar para ir à delegacia se apresentar dias depois do crime, mas, quando ficou sabendo que a Polícia Civil havia conseguido a prisão temporária dele, decidiu não ir.

O crime

De acordo com a denúncia do MP-SP, o homicídio ocorreu em 17 de novembro de 2013, por volta das 21h17, na Estrada Rodolfo Kivitz, sentido Santa Bárbara d’Oeste. Com 28 anos à época, a vítima foi encontrada desacordada com uma corda no pescoço dentro de uma caminhonete, e o filho, de 6 anos, encontrado posteriormente na mesma rodovia e sem ferimentos.

Segundo a polícia, o autor, que na época tinha 35 anos, ligou para o irmão e disse que tinha acabado de matar a esposa e que a deixaria dentro de um carro. A mulher foi encontrada e socorrida pelo cunhado, ficou dois dias internada em estado grave no Hospital Municipal Doutor Waldemar Tebaldi, em Americana (SP), mas não resistiu.

Ainda conforme o MP-SP, Marcelo cometeu o crime por não aceitar a ideia de se separar a vítima. A denúncia aponta que ele chamou a mulher e o filho para ir a um shopping de Campinas (SP), mas no caminho começou uma discussão que terminou na morte da mulher.

O MP-SP prossegue a denúncia com a informação de que Marcelo passou a corda no pescoço da vítima, amarrou no encosto do banco e puxou até que ela ficasse desacordada. O filho gritou por socorro e o homem teria dito que ele seria o próximo se não ficasse quieto.

Discussão foi por patrimônio, diz defesa

Na quarta-feira (30), o advogado afirmou que, pelo pouco que conseguiu conversar com o homem antes que ele desaparecesse, o crime ocorreu por uma discussão “patrimonial, não matrimonial”. Disse também que o réu afirmou não ter culpa do ocorrido, já que foi a mulher quem passou a corda no pescoço dele primeiro, enquanto ele ainda dirigia.

O advogado informou ainda que Marcelo virou andarilho por causa de desgosto e inconformismo de Marcelo com a situação.

 
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