Etevaldo Gama de Oliveira foi condenado por feminicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. Tribunal do Júri ocorreu na quinta-feira (22).
A Justiça de São Carlos (SP) condenou a 16 anos de prisão Etevaldo Gama de Oliveira, acusado de assassinar a facadas a companheira Marisa de Souza Pereira em novembro de 2021. O Tribunal do Júri ocorreu na quinta-feira (22) e negou o réu recorresse da condenação em liberdade.
Oliveira foi condenado por feminicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. “Observando todos os elementos formadores do artigo 59 do CP, em especial a grande intensidade da deliberação homicida, por ter o réu perseguido, encurralado e atacado a vítima com diversos golpes de faca, que foi deixada cravada no corpo da mulher, o que agrava a circunstância do crime”, escreveu o juiz Antônio Benedito Morello na sentença.
O crime aconteceu por volta no dia 6 de novembro de 2021 em uma farmácia na Avenida Francisco Pereira Lopes, na Vila Carmem.
De acordo com o B.O., um funcionário relatou que a mulher entrou correndo no local seguida por um rapaz que estava com uma faca. Ela foi para os fundos da farmácia onde foi atingida diversas vezes.
Ainda de acordo com o B.O., o réu, que na época tinha 46 anos, confessou o crime e alegou que esfaqueou a mulher porque acreditava que ela estivesse o traindo, bem como o fato de ela dizer que iria colocá-lo na cadeia pela Lei Maria da Penha.
Segundo o B.O., o homem ainda relatou que, por diversas vezes, disse à vitima: “se você me mandar para a cadeia por Maria da Penha, acabo com você antes. Eu vou preso, mas mato você”.
O casal tinha três filhas, duas delas de 16 e 6 anos, que ficaram sob cuidados de vizinhos até a chegada de familiares da vítima, que são de Campinas.