Maria Rita Taide da Silva, de 68 anos, deu entrada na unidade com quadro de pressão alta.
Uma idosa de 68 anos morreu após dar entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Noroeste, em Santos, litoral de São Paulo. Segundo familiares, Maria Rita Taide da Silva demorou a ser atendida, fazendo com que seu quadro evoluísse para uma parada cardiorrespiratória. Segundo a prefeitura da cidade, ela morreu após não resistir a procedimentos de reanimação.
A situação ocorreu no fim de semana. Moradora de São Vicente, ela deu entrada na unidade com quadro de pressão alta. Segundo a filha da idosa, Sandra Taide, ela sentia fortes dores no peito e no estômago. Na UPA, recebeu senha preferencial, precisou aguardar a classificação de risco.
“Falei com a enfermeira que suspeitava de pressão estar alta e, mesmo assim, disse que eu deveria aguardar. Só depois de aproximadamente 20 minutos deram a pulseira amarela, para depois disso ainda precisarmos fazer ficha e aguardar também pela chamada do médico”, diz Sandra.
Ao entrar para a consulta, Maria Rita passou a convulsionar enquanto explicava os sintomas ao médico. “O médico pedia socorro porque ele não sabia o que fazer. Quando vi que ela estava com dor no peito imaginei que era algo sério”, diz a filha.
A idosa chegou a ser levada para o setor de emergência da unidade, onde passou pelos procedimentos de reanimação, mas entrou em parada cardiorrespiratória e não resistiu. Para a família, a demora no atendimento foi o que teria causado a morte da idosa.
“Pedi que ela fosse atendida antes, mas tivemos que esperar. Ela estava com a pressão em 20 por 11. É um momento bem difícil para a nossa família”, lamenta Sandra.
Em nota, a Secretaria de Saúde informou que Maria Rita deu entrada na UPA às 21h37, indo para a Classificação de Risco (cor amarela) após relatar dores no peito há pelo menos sete horas. Às 22h20, foi para a emergência, sendo submetida a manobras para reversão da parada cardiorrespiratória, mas morreu às 23h40.