Idoso é condenado por estuprar a neta adolescente enquanto a avó dormia na mesma cama

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Caso aconteceu em Praia Grande, no litoral de São Paulo. A Justiça de São Paulo condenou Edis César Vedovatti a 12 anos e 9 meses de prisão por estupro de vulnerável. A decisão cabe recurso.

Um idoso foi condenado a 12 anos e 9 meses de prisão por estuprar a neta em Praia Grande, no litoral de São Paulo. O g1 apurou, nesta sexta-feira (23), que o crime teria acontecido na casa do homem, enquanto a vítima, na época com 14 anos, estava deitada em uma cama entre ele e a avó, já adormecida. A defesa de Edis César Vedovatti, de 72 anos, afirmou que vai recorrer na Justiça.

A decisão é do juiz Vinicius de Toledo Piza Peluso, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Praia Grande. O estupro de vulnerável, segundo a sentença, aconteceu em julho de 2011, no bairro Tupi. A vítima relatou à Justiça que o avô passou as mãos nas partes íntimas dela, por baixo da camisola e da calcinha. Ela disse também que, no dia seguinte, ele pediu desculpas e tentou ‘comprá-la’ com presentes.

O magistrado declarou na sentença que a vítima relatou “sempre de forma coerente” o abuso sofrido. O juiz considerou também não existir indícios de que os depoimentos sejam frutos de invenção, em suposto ‘complô’ dela com os pais – como apontado pela defesa de Vedovatti -, querendo de forma “gratuita” prejudicar o avô por meio de uma acusação grave por “motivos financeiros”.

O advogado do acusado, Eugênio Malavasi, afirmou que a sentença contrariou a evidência do processo. O profissional acrescentou que irá recorrer à decisão, de modo a atacar os fundamentos da condenação.

Estupro e ameaças

Conforme registrado na decisão, a vítima afirmou à Justiça que era comum dormir na cama dos avós até o ocorrido. Segundo ela, a situação aconteceu à noite, quando a avó já tinha adormecido e o avô assistia televisão.

A jovem disse também ter demorado para contar sobre o caso à família por medo do avô, que teria ameaçado matar o pai dela, genro dele. Ela afirmou passar por acompanhamento psicológico desde muito nova, com o abuso sendo um dos principais motivos para o tratamento.

De acordo com o documento, Vedovatti negou o crime e disse que a neta é inocente e “influenciada” pelos pais no caso “armado” pelo genro. O idoso acrescentou não ter boa relação com o pai da vítima, homem que, segundo ele, “nunca trabalhou” e disse que, um dia, gastaria todo o dinheiro dele.

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