Ilze Scamparini conta como é viver na Itália afetada por coronavírus

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Considerada o epicentro da doença em todo o mundo, a Itália está em um momento extremamente delicado.

Por: Yuri Ferreira- Hypeness

A situação da pandemia de coronavírus na Itália está completamente assustadora. Com um número crescente de infectados (mais de 26 mil) e mortos (2.503), o país inteiro está em quarentena, com milhões de pessoas dentro de suas casas esperando que o controle seja feito pelas equipes de saúde pública. Considerada o epicentro da doença em todo o mundo, a Itália está em um momento extremamente delicado.

A repórter brasileira e correspondente internacional da Globo na Itália, Ilze Scamparini, que já havia chorado recentemente ao relatar a situação do país no momento, fez uma reportagem incrível conversando com ítalo-brasileiros sobre como eles estão lidando com a quarentena no país.

A reportagem, feita para o Fantástico, ainda mostra a repórter passeando pelas ruas vazias de Roma. Com os militares controlando a passagem de pedestres e boa parte dos monumentos clássicos, como o Coliseu ou a Fontana Di Trevi, completamente vazios, a jornalista passa a ideia do que cenário de apreensão no país europeu.

“Na cidade vazia os pontos turísticos tinham uma beleza melancólica. Quase de abandono. Na Fontana de Tresi, o acesso está fechado. Fatos que não podem ser desprezados. A poluição sonora da cidade desapareceu e o maior monumento da antiguidade, o Coliseu, finalmente pode descansar. Para mim, o maior choque visual que o isolamento provocou foi na Piazza di Spagna. As escadarias eram um símbolo do ócio, do jeito romano de ser. Ficar aí, sentado, sem fazer nada, olhando. Nas últimas décadas se tornou um território do mundo. Parece inacreditável. Dá até pra ver a fonte em formato de Barca de Bernini e as escadas vazias”.

O isolamento na Itália é a única maneira de conter o contágio do vírus, especialmente porque as cidades não tem leitos hospitalares suficientes para conseguir tratar todos os seus pacientes. Com uma alta curva de demanda, a situação chegou ao ponto de médicos terem de escolher entre pacientes graves quais irão receber tratamento.

No Brasil, o contágio do coronavírus ainda é pequeno, com 234 casos confirmados até a tarde desta segunda-feira (16), segundo o Ministério da Saúde. Isso, obviamente não afasta os riscos, já que a tendência é de crescimento. Com isso, escolas públicas estaduais e universidades já estão sendo fechadas. Além disso, o remanejamento de crise do SUS pretende aumentar seu número de leitos. A recomendação é que todos evitem aglomerações, lavem as mãos constantemente, e, se possível, não saiam de casa.

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