Infectologista projeta o impacto das celebrações de final de ano no aumento de casos de Ômicron no país

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Médica alerta sobre a maior transmissibilidade da nova variante, mas comenta que não devemos ter o aumento de casos que vimos no primeiro semestre.

Durante as últimas semanas foram identificados os primeiros casos de Ômicron em nosso país, a nova variante da Covid-19. A mutação surgiu na África do Sul, em novembro de 2021, teve seu primeiro caso confirmado no Brasil no dia 03 de dezembro, no Rio Grande do Sul, e está trazendo apreensão aos órgãos de saúde brasileiros, levantando debates sobre as festas de final de ano e a propagação da doença.

Apesar da preocupação com uma nova variante, os primeiros sinais são animadores. Todos os pacientes infectados por ela apresentaram sintomas leves, sem a necessidade de hospitalização. Essa é a sexta variante classificada como preocupante pela OMS (Organização Mundial da Saúde) que chega ao Brasil e até o dia 06/12 foram confirmados seis casos dela por aqui.

“Ao invadir a célula, o vírus sofre alterações durante o processo de replicação, acumula mudanças e passa a se chamar de variante viral. Para combater a criação de novas variantes, faz-se necessário a aplicação em massa de vacinas eficazes, além dos meios não farmacológicos, como a utilização de máscaras e higienização frequente das mãos”, explica a doutora Fabiana Romanello, infectologista do Hospital São Francisco de Mogi Guaçu, no interior de São Paulo.

A África é o continente com a menor taxa de vacinação do mundo, o que ajuda a explicar a criação de uma nova variante no país. Sempre que ocorre a mutação, uma das principais preocupações dos especialistas é que ela possa ser imune às vacinas desenvolvidas.

“Não temos informações definitivas quanto a eficácia das vacinas utilizadas em nosso país contra a variante ômicron. A Pfizer já se pronunciou dizendo que ao tomar duas doses, ou mais, teremos proteção vacinal a Ômicron”, explica a infectologista.

Por outro lado, a Ômicron se diferencia das outras variantes por sua questão genética viral, tendo maior capacidade de mutação e maior potencial de transmissibilidade quando comparada às outras.

Com relação às projeções para o futuro, possível retomada do isolamento social e as festas de final de ano, a médica explica que ainda não é possível fazer uma afirmação sobre o cenário que teremos nos próximos meses.

“Temos que continuar observando o comportamento do vírus, se ele tem potencial para gravidade, que não foi o que ocorreu na África até esse momento. Se houver um aumento no número de casos graves, com necessidade de internação, teremos que ter medidas mais restritivas”, conclui a doutora.

Sobre o Hospital São Francisco de Mogi Guaçu

Com mais de 30 anos de história, o Hospital São Francisco teve seu início em 1986 com um grupo de médicos que partilhavam do mesmo objetivo de criar um hospital moderno, com equipamentos inovadores e aliado a um atendimento de qualidade que preza pelo conforto e bem-estar de seus pacientes. O projeto inicial com 35 médicos-sócios hoje conta com mais de 100, além dos mais de 700 funcionários, 7.500 atendimentos no pronto atendimento e as 600 cirurgias realizadas mensalmente.

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