Em 2023, o investimento em startups no Brasil caiu drasticamente. De acordo com dados compilados pela Associação Brasileira de Startups (ABStartup), o volume de capital de risco na economia brasileira caiu em cerca de 50% em relação ao ano anterior, para menos da metade do que era em 2020.
A queda drástica no nível dos principais fundos e investidores tem sido uma das principais causas deste declínio. Embora os fundos estejam desempenhando papéis significativos na inovação das tecnologias, seu impacto na formação de startups no Brasil tem sido limitado nos últimos anos. Isso, juntamente com as incertezas políticas e macroeconômicas enfrentadas pelo país, tem contribuído para a redução do investimento em startups brasileiras.
Por que os investimentos estão em queda?
Primeiro, houve uma queda significativa nos acordos de fusões e aquisições (M&A). Em janeiro deste ano foram fechados apenas 8 acordos, enquanto que em janeiro do ano passado foram 26. Além disso, a pandemia do coronavírus também afetou o setor de startups brasileiras.
Muitas empresas enfrentaram dificuldades para conseguir capital e recursos humanos devido às restrições impostas pelo governo para conter a disseminação do vírus. No entanto, mesmo com esse cenário desafiador, algumas startups brasileiras se destacaram e atraíram grandes investimentos. A Stone Pagamentos foi uma delas: ela recebeu US$ 1 bilhão em financiamento da Softbank e tornou-se a quarta startup brasileira a atingir o status de “unicórnio” – quando uma startup tem um valor avaliado em mais de US$ 1 bilhão. Outras startups que tiveram sucesso incluem NuBank, PagSeguro e EBANX – todas elas líderes em serviços financeiros e pagamentos eletrônicos, sejam eles para apostas em jogos, compras online ou portais de investimento – bem como Agrolend e MarketUP – ambas focadas em tecnologia agrícola e nos serviços financeiros e tecnológicos respectivamente.
Especialistas preveem que a tendência de queda continuará pelo menos até meados do próximo ano, a depender da solução apresentada para estabilizar a economia brasileira pelo governo atual. Além disso, há esperança entre os fundadores que o financiamento voltará assim que a crise sanitária for resolvida e as condições macroeconômicas melhorarem substancialmente nos próximos meses. Resta ver se essa previsão vai se tornar uma realidade ou não.
Investimentos em startup são um indicador econômico confiável?
Os investimentos em startups compoém um importante indicador econômico, pois mostram a confiança dos investidores na capacidade de sucesso de novas empresas. Investir em startups é uma forma de apoiar o crescimento econômico do país, pois permite que as empresas iniciantes obtenham capital para expandir seus negócios. No entanto, também há riscos envolvidos, pois muitas startups não conseguem alcançar o sucesso esperado. Por isso, os investidores precisam fazer uma análise de risico minuciosa antes de investir seu capital.
A queda nos investimentos em startups indica que os investidores estão se tornando menos dispostos a tomar riscos maiores, ou que não há muitas opções viáveis para eles no mercado atualmente. Isso, por sua vez, pode levar à redução do crescimento do empreendedorismo e à redução da inovação de forma geral, o que pode prejudicar a economia brasileira como um todo.
Conclusão
Embora as perspectivas para 2023 não sejam tão animadoras quanto as do ano passado, é importante lembrar que os investimentos em startups são fundamentais para o desenvolvimento da economia brasileira. Por isso é importante que os governantes continuem incentivando essa indústria para garantir que ela continue crescendo mesmo diante dos desafios impostos pela pandemia.